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sexta-feira 3 maio 2024

Cacimbinhas e Boa Esperança festejaram a Consciência Negra 4 dias em Kennedy com muitas atividades culturais – Notícias de Presidente Kennedy ES

Presidente KennedyCacimbinhas e Boa Esperança festejaram a Consciência Negra 4 dias em Kennedy com muitas atividades culturais - Notícias de Presidente Kennedy ES


O povo mantém a sua identidade quando a Cultura respeita a origem dos ancestrais. Os dias 17, 18, 19 e 20 foram de festa nas comunidades quilombolas de Kennedy.

Foto: Associação de Moaradores de Cacimbinhas

As Comunidades Quilombolas de Cacimbinhas e Boa Esperança interior de Presidente Kennedy participaram da Festa da Consciência Negra que foi realizada nos dias 17, 18, 19 e 20 de Novembro, com uma programação especial envolvendo Oficina de beleza afro, acendimento da fogueira e roda de capoeira, 1ª Feijoada da Liberdade Quilombo de Boa Esperança e Cacimbinhas, Cortejo do Boi Pintadinho, graduação de capoeira com os alunos das comunidades quilombolas, contação de história com Griôs, Roda de conversa com o tema “Pra não lembrar do tempo do cativeiro”, roda de jongo e consagração da nova mestre e muitos shows.

Foto: Associação de Moaradores de Cacimbinhas

De acordo com o presidente da Associação da Comunidade de Cacimbinhas, Magno Castro o objetivo da Festa é potencializar o território negro, fortalecer as bases e trazer a evidência a importância do povo preto e principalmente do ato, reflexão da militância de Zumbi dos Palmares. “Uma das atividades que foi apresentada neste Dia 20 de Novembro, data que traz a memória a imagem de Zumbi dos Palmares, foi a Roda de Conversa “Pra Não lembrar do tempo do cativeiro”, lembrar que Zumbi foi um líder que trouxe para o povo preto a importância de resistir e a valorização do território quilombola, descendente de africanos. Cacimbinhas é um quilombo onde temos pessoas que são descendentes de escravos”, frisou Magno.

Foto: Luciana Maximo

Magno aproveitou e agradeceu a Prefeitura de Presidente Kennedy que deu todo suporte ao evento e principalmente a Comissão de Festa da própria Associação dos Moradores e os militantes que lutam pela causa do povo quilombola.

Foto: Luciana Maximo

Uma das participantes da Roda de Conversa, Luciana de Souza, fundadora do Coletivo de Fortalecimento e Empoderamento da População Negra + Diversidade no Sul do Estado, Fepnes destacou a importância do evento na comunidade Quilombola e a data 20 de Novembro. “Nós estamos em um ano aonde precisamos ressignificar todos os dias a nossa existência. E, para existir, a gente tem que resistir. Estar nestes espaços, dentro da comunidade quilombola, no dia 20 de Novembro é extremamente ressignificante, é extremamente relevante, a gente chega dentro deste território pra dizer: nós estamos aqui e não aceitamos nenhum direito a menos. Trazer as nossas narrativas, fazer com que as pessoas reflitam que nós podemos ocupar os espaços que quisermos, que nós precisamos estar acessando as universidades, fazendo as nossas graduações, nos espaços de poder e de decisão, para ajudar a transformar este país que a gente vive e descontruir estes racismos estrutural e institucional que a gente tem”, ressaltou Luciana, a Baiana.

Foto: Luciana Maximo

Também participou da Roda de Conversa, o professor de História Leonardo Sants que salientou, ser essencial debater o tema. “Esse empoderamento que a gente vem trazendo dentro das comunidades quilombolas de Boa Esperança e Cacimbinhas, assim como em todo município de Presidente Kennedy, a gente vem mostrando as crianças e adolescente que este tempo do cativeiro precisa ser transformado em flores, porque temos de mostrar a estas pessoas que nós somos empoderados, somos articuladores para conquistarmos os nossos espaços de debate”, disse.

Foto: Luciana Maximo

A coordenadora do Núcleo Fepnes em Kennedy Tânia Márcia Ferreira destacou que a data 20 de Novembro precisa ser sempre refletida para promover atividades educativas. “O nosso povo negro é negro não só no 20 de Novembro, nasceu-se negro e morre-se negro, lutando contra o preconceito, o racismo e defendendo a nossa cultura”.  

Foto: Associação de Moaradores de Cacimbinhas
iDepois de receber a graduação ele toca feliz – Foto: Luciana Maximo

Tânia frisou que é necessário falar “Pra não lembrar do tempo de cativeiro”, porque há um passado que marcou a vida do negro no Brasil. “Este passado precisa ser mostrado para a nova geração, ela precisa conhecer o que os nossos ancestrais sofreram, eles foram escravizados, humilhados, violentados, e eles precisam saber deste processo de luta. Se hoje estamos aqui é porque lá atrás, nosso povo sofreu. Nós precisamos mostrar a sociedade que gente vem ultrapassando barreiras e vamos continuar ultrapassando barreiras, fazendo com que sejamos respeitados dentro da sociedade e ter direitos iguais”.   

Foto: Associação de Moaradores de Cacimbinhas

Um desfile de beleza negra com as crianças encerrou as atividades neste domingo, depois de uma agenda extensa, com muitos shows e atividades culturais.  

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Fonte: Espírito Santo Notícias – Notícias de Presidente Kennedy – ES

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