O município de Anchieta intensifica suas ações de prevenção e combate à dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos, com um trabalho contínuo da Vigilância Ambiental. Profissionais realizam visitas domiciliares e promovem atividades educativas nas escolas, focando na importância da educação ambiental no enfrentamento dos vetores.
A gerente de Vigilância em Saúde, Josiane Soneghet, anuncia que novas estratégias são adotadas, como o uso das ovitrampas – armadilhas que simulam um ambiente propício para a oviposição da fêmea do mosquito Aedes aegypti. “Essas armadilhas são formadas por um recipiente escuro com água e uma superfície específica para a colocação dos ovos, permitindo aos técnicos identificar áreas com maior presença do vetor e direcionar as ações de controle com maior eficácia. Algumas armadilhas também podem incluir larvicidas, reduzindo assim a população de mosquitos”, detalha.
O Governo do Estado está em processo de licitação para a aquisição de novas ovitrampas, que já apresentaram resultados positivos em outros municípios do Espírito Santo. A Prefeitura de Anchieta manifestou interesse em receber esses equipamentos para fortalecer suas ações de prevenção.
Neste interim, o município já faz uso do BTI (Bacillus thuringiensis israelensis), um larvicida biológico que atua em lagoas e córregos sem causar danos ao meio ambiente. Jacqueline Guimarães, supervisora da Vigilância Epidemiológica, destaca que o produto, tradicionalmente utilizado contra o mosquito Culex, mostrou-se eficaz também contra o Aedes aegypti.
De acordo com dados do último boletim epidemiológico, Anchieta registrou 526 notificações para dengue e 25 casos confirmados desde o início do ano. O município também reportou 55 casos positivos de Oropouche. Por isso, a Vigilância Epidemiológica reforça a importância da colaboração da população. “Manter os quintais limpos, evitar o acúmulo de água parada e permitir a entrada dos agentes de saúde nas residências são atitudes que ajudam a prevenir surtos de dengue, zika e chikungunya. O combate ao mosquito é uma responsabilidade compartilhada", finaliza Josiane Soneghet.
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