Em uma reviravolta recente, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou sua decisão anterior que afastava os advogados de defesa de Filipe Martins e Marcelo Câmara, ex-assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro e réus no chamado núcleo 2 da trama golpista. A medida que havia substituído os advogados pela Defensoria Pública da União foi contestada por Martins através de uma petição manuscrita.
Sob a nova decisão de Moraes, os advogados Jeffrey Chiquini e Eduardo Kuntz, que haviam sido destituídos anteriormente, receberam um prazo de 24 horas para protocolar as alegações finais do processo, crucial fase anterior ao julgamento. O ministro esclareceu que sua decisão anterior visava acelerar o processo, que considerou estar sendo atrasado por manobras protelatórias dos réus.
A reação à decisão inicial do STF foi imediata nos círculos jurídicos, levando ao questionamento sobre os prazos estipulados para a entrega das alegações finais. Os advogados de defesa alegaram que devido à inclusão de novos elementos no processo pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o prazo ainda permanecia em vigor, argumentando que a decisão de Moraes havia sido precipitada.
Em defesa dos direitos dos acusados e das prerrogativas profissionais dos advogados envolvidos, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) está revisando o caso. Segundo a OAB, qualquer ação será tomada respeitando a legalidade e a dignidade profissional. A entidade se comprometeu a agir com seriedade e responsabilidade frente às possíveis violações identificadas.
O episódio sublinha a complexidade e a tensão que frequentemente circundam os julgamentos de figuras políticas no Brasil, especialmente em casos que implicam tentativas de subversão política. Com a nova determinação de Moraes, espera-se que as alegações finais sejam apresentadas de forma tempestiva, possibilitando o prosseguimento regular do julgamento.
Crédito da imagem: Agência Brasil
Moraes suspende decisão que destituiu defesa de réu da trama golpista
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