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sábado 27 abril 2024

Gestores municipais recebem qualificação para aplicação de recursos do Fundo Cidades 2023

Governo ESGestores municipais recebem qualificação para aplicação de recursos do Fundo Cidades 2023


Cerca de 400 gestores e técnicos das prefeituras capixabas participaram, nesta quinta-feira (16), em Vitória, do 2º Seminário Capixaba de Mudanças Climáticas. O evento teve como objetivo a qualificação das equipes para a elaboração de projetos e a execução de obras com recursos do Fundo Cidades 2023-2026 – Adaptação às Mudanças Climáticas. A iniciativa é promovida pelo Governo do Estado, por meio das Secretarias do Governo (SEG) e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama).

Entre os profissionais qualificados estavam os que atuam, especialmente, nos Fundos de Investimento Municipais, nas áreas de Engenharia, Defesa Civil e Meio Ambiente das gestões municipais. Eles assistiram a palestras e a mesas redondas com a participação de gestores e técnicos do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, da Defesa Civil Estadual e da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), além de instituições e órgãos públicos de Anchieta (ES) e dos estados de Pernambuco e Rio de Janeiro.

O governador Renato Casagrande falou na abertura do evento, citando as iniciativas do Governo na prevenção e mitigação das mudanças climáticas no Espírito Santo. Alguns dos destaques foram as obras de macrodrenagem, com a construção de estações de bombeamento de águas pluviais e de galerias em municípios da Grande Vitória, além das obras de contenção no interior do Estado.

“Nós temos um Programa de Mudanças Climáticas,  um sistema de alerta e estações pluviométricas e hidrológicas. Temos um sistema instalado que vai se aperfeiçoando e os municípios têm que acompanhar isso de perto. O Espírito Santo é um dos estados com maior percentual de área de risco do Brasil”, lembrou o governador.

Casagrande, que assumiu nesta semana a presidência do Consórcio Brasil Verde, frisou a importância mundial do debate sobre as mudanças climáticas. “Este seminário é uma ação importante para orientar, de forma mais objetiva, a aplicação dos quase R$ 240 milhões que vamos liberar para os municípios neste ano por meio do Fundo Cidades. São recursos para elaboração de projetos e execução de obras de prevenção para que os nossos municípios consigam resistir mais a esses eventos climáticos extremos”, completou.

A secretária de Estado do Governo, Maria Emanuela Alves Pedroso, destacou a importância da capacitação dos técnicos das prefeituras exatamente nesta data, em que é celebrada o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, para que projetos sejam elaborados e obras realizadas de acordo com o que estabelece a legislação que regula o Fundo Cidades – Adaptação às Mudanças Climáticas.

“Desde sua criação, na primeira gestão Renato Casagrande, o Fundo Cidades cumpre um importante papel, contribuindo para impulsionar o desenvolvimento do Espírito Santo de forma sistêmica, com investimentos em todas as regiões. Nesta edição, as transferências de recursos aos municípios deverão ser aplicadas em projetos e obras voltados para a redução dos impactos ambientais causados pelas mudanças climáticas, prevenindo e mitigando as consequências das chuvas extremas e dos períodos de déficit hídrico”, explicou a titular da SEG.

Programa estadual

O Fundo Cidades – 2023 / 2026 – Adaptação às Mudanças Climáticas é gerido pela SEG e está integrado ao Programa Capixaba de Mudanças Climáticas, no eixo de desenvolvimento regional, com a ação ”Municípios no enfrentamento às mudanças climáticas”. Aos gestores e técnicos dos municípios, Maria Emanuela Pedroso forneceu explicações sobre a forma correta de as prefeituras pleitearem e a aplicarem os recursos, priorizando ações de prevenção a eventos hidrológicos extremos, com foco na conservação, revitalização e reservação hídrica, e na prevenção e mitigação em área de risco de desastres.

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Felipe Rigoni, falou sobre a necessidade de os municípios estarem preparados. “O efeito das mudanças climáticas ocorre diretamente nos municípios. São eles que sofrem com as secas, com as enchentes. O governador Casagrande mais uma vez sai na frente na realização desse evento que vai treinar os técnicos para colocarem bons projetos no Fundo Cidades. Serão mais de R$ 200 milhões em obras nesse sentido”, anunciou.

Felipe Rigoni fez questão de ressaltar o compromisso do Governo do Estado com o tema. “As mudanças climáticas precisam de uma atenção especial. O governador me confiou essa missão. Já estamos atuando na elaboração de políticas públicas e o Plano Capixaba de Mudanças Climáticas será referência em todo país. O Governo do Estado, por meio da Seama, está à disposição dos municípios e de toda sociedade capixaba”, completou.

O prefeito de Fundão, Gilmar Borges, representando a Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes), falou do papel do Fundo Cidades para os municípios, representados no evento por prefeitos e prefeitas, vice-prefeitos, secretários e toda a equipe técnica envolvida. Gilmar ressaltou o olhar municipalista do governador, que “atende a todos os 78 municípios capixabas e sabe da importância de ações preventivas”.

Seguindo a programação do seminário, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) apresentou temas importantes, como o sistema de alerta para inundação do Rio Itapemirim, estruturas de conservação de solo e água e sobre controle de vazões e reservação hídrica. Também orientou os municípios sobre a maior eficiência das obras hídricas, a sistemática de monitoramento hidrológico e o aperfeiçoamento dos sistemas de alerta de secas e inundações no Estado.

Para o diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert, o 2º Seminário Capixaba de Mudanças Climáticas é de grande importância, pois além de discutir um tema tão relevante, contribui muito para orientar e alinhar com os gestores municipais sobre os procedimentos e as principais obras elegíveis pelo Fundo Cidades, com foco na prevenção de eventos extremos. “O fundo é um importante instrumento de ajuda aos municípios do Estado a se prepararem melhor para as consequências do processo de mudança global de clima e seus respectivos impactos”, pontuou.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES), coronel Alexandre Cerqueira, que atuou como moderador e palestrante do Painel “Monitoramento e Previsão de Desastres Extremos”, lembrou o papel da corporação para todas as esferas administrativas, que atuam juntas no atendimento à sociedade.

“Esta é uma grande oportunidade de dar conhecimento aos gestores municipais sobre as ações já implantadas e projetos a serem realizados pelo governo do Estado. O governador tem especial atenção com relação à prevenção e à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas nas cidades capixabas e este seminário nos permite apresentar tudo que o Governo do Estado tem realizado e a importância da participação dos municípios neste processo.”

O coordenador Estadual Adjunto de Proteção e Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Hekssandro Vassoler, que também palestrou no evento, expôs a integração de dados hidrometeorológicos no Espírito Santo por meio da ferramenta Alerta!ES e esclareceu como este monitoramento orienta o trabalho do Estado e dos municípios.

“Esta é uma importante oportunidade para demonstrar como o Espírito Santo integra os dados e ações dos órgãos que realizam o monitoramento hidrometeorológico, bem como os produtos gerados por esses órgãos e disponibilizados ao cidadão mediante o portal do Alerta!ES. Esta ferramenta se alia ao mapeamento de áreas de risco e planos de contingências municipais, quesitos necessários à apresentação de projetos de prevenção ao Fundo Cidades 2023.”

Experiências

Durante o seminário, também foram conhecidas experiências de outros Estados em relação às ações de prevenção e mitigação de efeitos causados por eventos climáticos extremos.  O coronel Rodrigo Gonçalves da Silva, subsecretário de Proteção e Defesa Civil da cidade do Rio de Janeiro, falou sobre “Fortalecimento da Resiliência” na cidade carioca.

A consultora ambiental, coordenadora da agenda climática do Governo do Estado do Piauí e ex-secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Recife/PE, Inamara Melo, mostrou a “Experiência municipal na aplicação de ações na pauta de mudanças climáticas”. Já Jéssica Martins de Freitas, secretária de Meio Ambiente de Anchieta, apresentou o tema “Oportunidades e desafios para a adaptação e mitigação dos municípios às mudanças climáticas”.

Investimentos

O Fundo Cidades representa um mecanismo de apoio financeiro prestado pelo Estado por meio de repasse direto de verbas aos municípios, contemplando investimentos públicos na elaboração de carteira de projetos municipais, e preparando as cidades para captação de recursos e execução de investimentos que impactam diretamente na vida dos munícipes.

Criado em 2013, na primeira gestão do governador Renato Casagrande, começou a operar efetivamente no início de 2014. Na ocasião, o Governo estadual transferiu recursos do Fundo Cidades às prefeituras capixabas para aumento da capacidade de resposta à destruição causada por alagamentos e deslizamentos registrados no ano anterior.

Em 2020, os repasses foram feitos para compensação de perdas dos municípios com a extinção do Fundo para a Redução das Desigualdades Regionais. Em 2022, o objetivo do Governo foi promover equilíbrio regional no desenvolvimento do Estado. De 2013 até 2022, por meio do Fundo Cidades, foram repassados pelo Governo do Espírito Santo às gestões municipais R$ 784 milhões.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Governo
Giovani Pagotto
(27) 98895-0843

Assessoria de Comunicação da SEG
Claudia Feliz
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Fonte: Notícias do Governo do Espírito Santo

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