A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou preocupação com as propostas de aumentar os impostos sobre setores produtivos, o que, segundo a entidade, prejudicaria a economia brasileira, como declaração ocorrida nesta terça-feira. A entidade manifestou apoio à taxação de bets e reforma administrativa, visando a contenção de gastos públicos, porém, se opôs fortemente à ideia de eliminar isenções fiscais em títulos imobiliários e do agronegócio, bem como ao aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para fintechs.
Segundo a CNI, esse aumento de tributação no setor produtivo surge em um momento delicado, marcado por altas taxas de juros e crescimento das importações, que afetam diretamente o setor industrial. Ricardo Alban, presidente da CNI, frisou a urgência de uma reforma tributária que promova a justiça fiscal, criticando o impacto negativo das altas cargas tributárias sobre o crédito, já encarecido pelos juros elevados e spreads distorcidos, situação que, na sua visão, acaba sendo transferida para o consumidor final.
O comunicado rememorou ainda a recente entrega de propostas por parte da CNI e outras confederações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Paris, nas quais sugerem medidas para equilíbrio fiscal. Estas instituições enfatizam a necessidade de mudanças estratégicas para não comprometer o crescimento da indústria, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o único principal setor da economia a registrar retração no último trimestre, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do país avançava.
Esta posição da CNI é crucial para entender as correntes de opiniões no debate sobre a reforma tributária no Brasil.
CNI critica fim de isenção de LCI e LCA e nova alíquota sobre fintechs
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