A assembleia de credores do Vasco da Gama, ocorrida na Barra da Tijuca na última quinta-feira (9), trouxe à tona a frustração de ex-jogadores do clube que aguardam há anos o pagamento de seus débitos. O ex-atacante Valdir Bigode, um dos principais nomes da história cruz-maltina, aproveitou a oportunidade para desabafar sobre sua situação e reclamar da falta de diálogo com a atual gestão, reafirmando seu direito ao que lhe é devido após longos anos dedicado ao time.
Desabafo em meio à tensão
Em um momento de forte emoção, Valdir cobrou um tratamento mais respeitoso por parte da diretoria, liderada por Pedrinho. O ex-jogador relatou que aguarda há mais de 21 anos o pagamento de aproximadamente R$ 4,5 milhões, fruto de sua intensa dedicação durante o tempo em que atuou pelo clube. A falta de comunicação nas negociações relacionadas à recuperação judicial do Vasco foi um dos pontos criticados por ele, que enfatizou a necessidade de clareza nas informações.

“Trabalhei por isso”
Valdir fez questão de ressaltar que os valores que reivindica são resultado de um trabalho árduo, repleto de sacrifícios e dores. “Pode me processar, fazer o que quiser. Vou até o último dia. Esse dinheiro é meu, é da minha família. Trabalhei com dor, com lesões, dei tudo por essa camisa”, afirmou, provocando apoio entre os presentes. O clamor por respeito e reconhecimento à sua trajetória foi uma constante durante sua fala.
Credores pressionam por revisão do plano do Vasco
Além de Valdir, outros ex-atletas como Zinho e Jorginho também marcaram presença na reunião, que contou com cerca de 100 participantes. O ambiente foi de insatisfação em relação ao plano proposto pelo clube, já que muitos credores expressaram preocupações sobre a transparência nos prazos e valores estabelecidos para os pagamentos. O desfecho do processo de recuperação judicial promete influenciar o futuro financeiro do Vasco e a percepção da torcida sobre a atual administração.