A discussão sobre o Orçamento do Estado para 2026, que totaliza R$ 32 bilhões, teve início na Assembleia Legislativa, levantando preocupações quanto ao valor das emendas parlamentares, fixadas em R$ 2,2 milhões. Essa quantia, idêntica à de 2025, gerou contestações em relação ao governo Renato Casagrande (PSB), especialmente na relação com os deputados.
O presidente da Comissão de Finanças, Mazinho dos Anjos (PSDB), tentou votar o cronograma para análise das emendas, mas a sessão foi suspensa após questionamentos. Ao retornar, ele anunciou um novo cronograma e a convocação de uma sessão extraordinária. O presidente da Assembleia, Marcelo Santos (União), deve discutir o aumento do valor das emendas até sexta-feira (14), uma decisão que pode impactar as alianças políticas em um ano eleitoral.
Embora as emendas não sejam impositivas, sua importância se reflete no contexto eleitoral, pois são essenciais para que os deputados consigam apoio de suas bases. A proposta orçamentária apresenta um aumento de 8,4% em relação a 2025 e destina a maior parte dos recursos ao Poder Executivo, que receberá R$ 29,1 bilhões ou 90,8% do total. Entre as áreas beneficiadas, R$ 4,8 bilhões vão para a Saúde, R$ 4 bilhões para a Educação e R$ 2,8 bilhões para Segurança Pública.
Os outros poderes também receberão seus recursos, com o Judiciário sendo o maior beneficiário, com R$ 1,7 bilhão (5,3%). Seguem ainda o Ministério Público Estadual com R$ 595,3 milhões (1,86%) e a Assembleia Legislativa, com R$ 283,9 milhões (0,89%). O planejamento orçamentário, segundo a proposta da LDO, enfatiza a responsabilidade fiscal e a modernização da gestão pública, apontando para uma manutenção da trajetória fiscal do Estado.
Lucas S.Costa/Ales
Fonte: Século Diário

