Defesa de Venezuela e Cuba por Lula marca discurso em evento do PCdoB
Em um pronunciamento fervoroso durante evento do PCdoB em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou sua oposição às pressões externas sobre os governos de Venezuela e Cuba. A declaração ocorre em resposta às recentes ações anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que incluem operações secretas autorizadas contra a Venezuela e a manutenção de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo.
Durante o discurso, Lula não mencionou diretamente Trump, mas criticou a interferência estrangeira nos destinos de nações soberanas. “O Brasil nunca vai ser a Venezuela, e a Venezuela nunca vai ser o Brasil, cada um será ele [próprio]”, afirmou Lula, defendendo a autodeterminação do povo venezuelano e cubano.
A situação na Venezuela tem se agravado desde que os EUA intensificaram as movimentações militares no Caribe, justificadas como medidas contra o narcotráfico. No entanto, o governo de Nicolás Maduro acusa os EUA de tentarem uma mudança de regime, uma acusação que promete ser levada ao Conselho de Segurança da ONU.
No que diz respeito à ilha de Cuba, Lula atacou a decisão dos EUA de manter o país na lista de nações patrocinadoras de terrorismo. Ressaltando a dignidade e o exemplo do povo cubano, o presidente brasileiro reforçou que “Cuba não é um país de exportação de terroristas.”
As relações internacionais e as ações dos EUA tiveram mudanças significativas com o início do governo Trump, que fortaleceu as medidas contra Cuba, intensificando a crise econômica na ilha e ameaçando países que se engajam em comércio ou cooperam em serviços médicos com Cuba.
Os analistas em política internacional consideram a ação dos EUA na Venezuela como um movimento geopolítico, visto que o país possui as maiores reservas de petróleo do mundo. A intervenção estadunidense é vista como um precedente perigoso, que remete às estratégias de influência dos EUA na América Latina durante a Guerra Fria.
Fonte das imagens: Agência Brasil.
Lula defende que “nenhum presidente” deve dar palpite sobre Venezuela
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