Eventos climáticos extremos afetaram gravemente a educação básica no Brasil em 2024, com 10.541 escolas e 2,51 milhões de alunos tendo suas atividades escolares suspensas. As informações foram reveladas em uma pesquisa suplementar do Censo Escolar 2024, divulgada na 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (6ª CNIJMA), ocorrendo em Luziânia, Goiás. O tema deste ano é “Vamos transformar o Brasil com Educação e Justiça Climática.”
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a vulnerabilidade de crianças e idosos aos impactos das mudanças climáticas. Segundo Silva, é crucial dar voz aos jovens em conferências como esta para promover justiça socioambiental e combater desigualdades. A conferência, contando com aproximadamente 800 participantes, incluindo jovens delegados, professores e representantes de comissões estaduais, serve como um preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será presidida pelo Brasil.
A voz dos jovens será destacada no Balanço Ético Global durante a COP30, influenciando decisões futuras sobre políticas climáticas. Este evento enfatiza a implementação de decisões políticas prévias para combater o aquecimento global, como o aumento do financiamento para ações climáticas, a expansão da energia renovável e a cessação do desmatamento.
A 6ª CNIJMA também relatou mobilizações em 8.732 escolas de 2.307 municípios, incluindo escolas em áreas de risco, instituições educacionais para pessoas com deficiências e escolas rurais, indígenas e quilombolas. O evento une esforços entre os ministérios da Educação, Meio Ambiente, Mudança do Clima e Ciência, Tecnologia e Inovação, visando integrar discussões que transcenderão para a próxima conferência do clima (COP30), onde propostas serão formalmente apresentadas.
Em conferência, jovens debatem propostas para levar à COP30
Meio Ambiente