Itaipu Binacional triplica diversidade em área de preservação e garante geração de energia limpa por décadas
A usina hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai, não apenas se destaca como uma das principais geradoras de energia limpa do país, mas também intensifica suas iniciativas de proteção ambiental para garantir sua produtividade por muitos anos. Recentemente, a hidrelétrica divulgou um inventário inédito que revela um aumento significativo da diversidade biológica em sua área de preservação, um avanço que ressalta o compromisso da usina com a sustentabilidade e a conservação ambiental.
O estudo, realizado entre março e setembro de 2024, identificou 397 espécies de árvores e arbustos na faixa preservada, quase três vezes mais que as 139 espécies originalmente plantadas há 40 anos. Essa área, que agora abrange 30 mil hectares – o equivalente à quase totalidade de Belo Horizonte – representa um cinturão ecológico formado ao longo de 1,3 mil quilômetros. O inventário foi elaborado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, e inclui 55 mil registros de plantas.
A preservação do meio ambiente ao redor do reservatório de Itaipu é considerada um investimento estratégico para a continuidade da produção elétrica. O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, afirmou que “a conservação ambiental é um investimento para garantir a geração de energia elétrica por décadas e mais décadas”. Ele argumentou que medidas de proteção não apenas enfrentam as mudanças climáticas, mas também asseguram a disponibilidade de água, essencial para a operação das turbinas geradoras.
Uma vegetação saudável nos arredores do reservatório desempenha um papel crucial, funcionando como uma barreira que impede a entrada de detritos e sedimentos, além de estabilizar o solo e minimizar a erosão – fatores que podem comprometer a vida útil do reservatório. Luis Cesar Rodrigues da Silva, gestor do convênio e técnico da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu, destacou a relevância ecológica da faixa de proteção, que serve como um corredor de biodiversidade entre o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional de Ilha Grande.
O convênio com a Embrapa, que já resultou em significativas transformações na vegetação local, visa desenvolver um plano de gestão a longo prazo para a área de proteção do reservatório. Com foco em identificar oportunidades para melhorar a diversidade nativa, a parceria foi estabelecida para garantir a continuidade dos serviços ecossistêmicos, como a regulação do clima e a proteção da fauna.
Atualmente, a hidrelétrica de Itaipu responde por cerca de 9% do consumo de energia elétrica brasileiro. No dia 5 de setembro de 2024, a usina alcançou a marca histórica de 3,1 bilhões de megawatts-hora (MWh) produzidos desde seu início de operação em 1984. Essa produção é equivalente a abastecer o mundo inteiro por 44 dias ou o Brasil por mais de seis anos.
Para saber mais sobre as iniciativas e a importância da preservação na geração de energia limpa, acesse o portal da Itaipu Binacional.
Fotos: Sara Cheida/Itaipu Binacional e Tânia Rêgo/Agência Brasil.
Itaipu triplica diversidade florestal nos arredores do reservatório
Fonte: Agencia Brasil.
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