A polêmica em torno da eleição da nova diretoria da Associação de Moradores do bairro Maria Ortiz, em Vitória, ganhou novos contornos jurídicos. O Conselho Popular de Vitória (CPV) criticou a conduta de Marilsa Marçal, candidata derrotada pela Chapa 1, solicitando a desistência de publicações que questionam a transparência do pleito.
A disputa eleitoral, ocorrida em maio, continua a repercutir. O CPV enviou uma interpelação judicial para que membros da Chapa 1 cessem imediatamente as "acusiações" sobre a condução do evento. Em resposta, Marilsa encaminhou um ofício ao Ministério Público do Estado (MPES), pedindo o afastamento acautelar da presidente do CPV, Elza Costa.
Na interpelação, o CPV menciona a necessidade de proteger a legitimidade de um processo democrático, citando um vídeo publicado por Marilsa, onde ela expressa opiniões sobre irregularidades na eleição. Contudo, a Chapa 1 alega que a interpelação é uma tentativa de censura e uma violação da liberdade de expressão.
Além de questionar a validade das práticas eleitorais, a Chapa 1 trouxe à tona diversas denúncias, como o uso da Unidade Básica de Saúde (UBS) local para a entrega de declarações irregulares e a participação de funcionários do CPV na campanha da Chapa 2. Alegações de conduta inadequada de Denninho Silva, deputado que apoiava a chapa vitoriosa, também emergiram, com relatos de confrontos verbais durante a votação.
Nas redes sociais, o CPV reafirmou a sua posição, enquanto Marilsa se declarou determinada a não silenciar sobre as questões levantadas. Ao final do pleito, com 1.015 votos contabilizados, as chapas terminaram com uma diferença mínima: Chapa 1 com 498 votos e Chapa 2 com 508.
Lucas S. Costa/Ales
Fonte: Século Diário