24 de agosto de 2025
PolíticaColetivo contesta lei que impõe oração nas escolas de Cachoeiro e busca...

Coletivo contesta lei que impõe oração nas escolas de Cachoeiro e busca apoio jurídico.

O coletivo “Não Só Mais Um Silva”, de Cachoeiro de Itapemirim, planeja acionar o Ministério Público Estadual contra o Projeto de Lei nº 15/2025, recentemente aprovado pela Câmara Municipal. A nova legislação, que inclui a execução semanal do Hino Nacional e a oração do Pai Nosso nas escolas de ensino fundamental, é vista como uma violação à liberdade de crença e ao princípio da laicidade do Estado.

Em sua nota de repúdio, o coletivo argumenta que o projeto, de autoria do vereador Coronel Fabrício Martins (PL), é um "atentado aos princípios constitucionais" e defende que as escolas devem ser espaços de aprendizado respeitando a pluralidade de crenças. “Quem é o vereador Fabrício da Silva Martins para decidir sobre as crenças das crianças, dos pais e das instituições de ensino?”, questionam os signatários.

A nova lei determina o hasteamento das bandeiras nacional, estadual e municipal e a execução do Hino Nacional uma vez por semana, preferencialmente às quintas-feiras. A oração do Pai Nosso será realizada diariamente, de forma “voluntária”, antes do início das aulas, mas o coletivo argumenta que essa institucionalização configura uma imposição. “A educação deve ser um espaço de acolhimento, de respeito e de formação crítica, não de imposição religiosa”, afirmam.

O projeto foi aprovado apesar do parecer contrário da Comissão de Justiça da Câmara, que identificou "vícios insanáveis" e alertou para a ofensa à laicidade. O vereador Thiago Neves (PSB), relator da comissão, enfatizou que a imposição da oração é incompatível com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a impossibilidade de proselitismo religioso em instituições públicas de ensino.

Em plenário, a proposta foi aprovada por ampla maioria, com apenas quatro votos contrários. O autor do projeto defendeu que a medida busca promover valores de “civismo, ética, união e identidade cultural”. Com a aprovação, o projeto segue agora para a sanção do Executivo Municipal, mas corre o risco de ser declarado inconstitucional.

O coletivo “Não Só Mais Um Silva” expressou preocupação com o que chamam de “autoritarismo religioso institucionalizado”, afirmando que isso ameaça a diversidade de crenças. “É hora de repudiar esse tipo de autoritarismo e defender a laicidade do nosso Estado”, conclui a nota.

Imagem do vereador Coronel Fabrício Martins

Fonte: Século Diário

Top 5

Confira Mais

Christensen, do Barcelona, se ausenta de treino após mal-estar e gera preocupação!

Elenco do Barcelona realiza treino leve após vitória sobre...

Polícia Civil e PM apreendem drogas e armas em Itapemirim; dois detidos

Polícia Civil do ES e PM apreendem drogas e...

Sombrinha celebra 50 anos de samba no Samba na Gamboa

50 anos de Sombrinha são celebrados no Samba na...

Governo do ES inicia consulta pública para Plano de Ciência e Inovação

Governo do Espírito Santo Realiza Consulta Pública para o...

PCES prende suspeitos de homicídio de adolescente em Vitória; crime é cruel e covarde

Polícia Civil do Espírito Santo conclui investigações sobre homicídio...

Brasil faz história e conquista prata inédita no Mundial de GR 2025

Brasil Conquista Medalha de Prata Inédita em Mundial de...

Pedri critica pênalti polêmico e compara com ‘caso Tchouaméni’ na vitória do Barça

Virada do Barcelona tem polêmica e brilho de Pedri No...

Xabi Alonso Elogia Franco Mastantuono e Destaca seu Impacto no Real Madrid

Xabi Alonso elogia Mastantuono antes de jogo contra o...

Real Madrid enfrenta pressão em Oviedo em busca de triunfo necessário na Liga!

Real Madrid Retorna ao Tartiere Após Décadas A expectativa é...
- Advertisement -spot_img