Elevação do IOF gera críticas no setor financeiro e industrial
A recente elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tem gerado controvérsias significativas entre entidades de bancos e indústrias, mesmo após a revogação parcial das novas alíquotas. As associações representativas dos setores alegam que tal aumento poderá inibir investimentos e prejudicar o crescimento econômico do país. Em nota, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) destacou que a nova tributação contraria iniciativas do governo, como o Programa Nova Indústria Brasil e políticas voltadas para a transição energética. Para a Fiesp, a revogação parcial não foi suficiente, uma vez que a alíquota do IOF sobre o crédito a empresas se manteve elevada, impactando diretamente na competitividade das indústrias brasileiras, que já enfrentam custos elevados e dificuldades de acesso ao crédito.
O aumento do IOF prometido pelo governo visa reforçar o caixa com uma previsão de arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. No entanto, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, enfatizou que as alterações focariam principalmente em empresas e contribuintes de maior renda, sem penalizar o cidadão comum. No entanto, a Associação Brasileira dos Bancos (ABBC) também expressou preocupações, argumentando que o aumento das alíquotas pode resultar em um maior custo do crédito e elevação da inadimplência, especialmente em um cenário econômico marcado por incertezas e juros altos.
As novas alíquotas do IOF para operações de crédito incluem um aumento para empresas de 1,88% ao ano para 3,95% ao ano, igualando-se à alíquota para pessoas físicas. Além disso, houve um reajuste para empresas do Simples Nacional e moderadas mudanças nas alíquotas de operações cambiais e de seguros. Em suma, a medida vem gerando um intenso debate sobre sua viabilidade e seus impactos a longo prazo na economia brasileira.
Para mais detalhes sobre as mudanças, confira as informações abaixo:
Mudanças no IOF para operações de crédito
- Empresas: aumento da alíquota de 1,88% para 3,95% ao ano.
- Simples Nacional: alíquota aumentada de 0,88% para 1,95% ao ano em operações de até R$ 30 mil.
- Microempreendedores Individuais: agora pagam 1,95% ao ano, eliminando insegurança jurídica.
- Cooperativas: alíquota aumentada de 0% para 3,95% ao ano para operações acima de R$ 100 milhões anuais.
Mudanças no IOF Câmbio
- Cartões internacionais: aumento da alíquota de 3,38% para 3,5%.
- Remessas ao exterior: alíquota alterada de 1,1% para 3,5% por operação, exceto para investimentos.
Mudanças no IOF Seguros
- Planos de previdência: alíquota de 5% para investimentos acima de R$ 50 mil por mês, com a isenção mantendo-se para valores menores.
Texto alterado, às 18h03, para acréscimo de informação.
Entidades dos bancos e das indústrias criticam aumento do IOF
Fonte: Agencia Brasil.
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