Luto em Ação: Evelin Moura Transformando Dor em Esperança
Rio de Janeiro (RJ) – Após a trágica perda de seu filho de apenas 2 anos e 4 meses devido à negligência médica, Evelin de Moura Nascimento, de 38 anos, se uniu à dor de sua família com a determinação de ajudar outras que passaram por experiências semelhantes. Em um ato de resiliência, Evelin criou o projeto “Mufi”, que significa “mais um futuro”. A iniciativa não só oferece apoio emocional, mas também busca conscientizar sobre a importância da prevenção da negligência médica, ao mesmo tempo em que promove a inclusão social. Para sinalizar sua luta, Evelin começou a confeccionar camisas alusivas ao projeto.
Formada em técnico de produção de moda e participante do Projeto Mulher Potência Empreendedora, Evelin se destacou entre outras 260 mulheres que também encerraram sua formação recentemente no Teatro Bangu Shopping, na zona oeste do Rio. O projeto, oferecido pelo Instituto da Providência, tem como foco capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade, permitindo que elas desenvolvam habilidades nas áreas de gastronomia, moda e beleza. “O curso foi um pilar de apoio em um momento tão incerto. O Mufi não é apenas uma marca, mas uma afirmação de que a vida continua, mesmo após a dor”, afirmou Evelin.
Durante a cerimônia de formatura, Maria Garibaldi, diretora executiva do Instituto da Providência, destacou a importância da capacitação contínua para essas mulheres. Desde 2022, o projeto já atendeu 1.700 mulheres e gerou 684 novos negócios, contribuindo significativamente para a autonomia financeira e a melhoria da qualidade de vida das participantes e suas famílias.
Evelin não está sozinha em sua jornada. Outras mulheres, como Raquel Baltar, de 40 anos, e Claudete Luiz da Costa, de 44 anos, compartilharam suas histórias de superação. Raquel, que precisou reinventar a renda familiar após demissões em seu lar, encontrou no curso a oportunidade ideal para crescer profissionalmente, expandindo seu trabalho na produção de salgados. “O projeto mudou minha vida. Agora eu sou a provedora da casa e quero desafiar ainda mais meus limites”, contou.
Claudete, por sua vez, chegou ao curso em um momento de incerteza, mas a formação em estética não apenas a capacitou profissionalmente, como também a fez acreditar em seu potencial. “Antes, eu não sabia como me mover. Hoje, me sinto empoderada e pronta para enfrentar o mercado de trabalho”, afirmou.
Essas histórias de transformação se entrelaçam com o desejo de não apenas reconstruir suas vidas, mas também impactar positivamente a sociedade ao seu redor. Com iniciativas como o “Mufi”, Evelin e suas colegas empreendedoras não só honram suas histórias pessoais, mas também promovem um futuro mais justo e acolhedor para todos.
Fotos: Tânia Rêgo/Agência Brasil
ONG ajuda mulheres a sair da vulnerabilidade e virar empreendedoras
Fonte: Agencia Brasil.
Economia

