A recontagem de votos das eleições proporcionais em Cachoeiro de Itapemirim resultou na perda do mandato do vereador Rodrigo Sandi (PDT), que agora deve ceder sua vaga ao candidato Lucas Mello (PL). A mudança na composição da Câmara Municipal ocorreu após a condenação do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) por irregularidades nas cotas de gênero, impactando o cálculo dos quocientes partidários.
Rodrigo Sandi, que contesta a decisão, alega que houve uma “orquestração política” por parte do PL para garantir a vitória de Lucas Mello. Em sua defesa, Sandi destaca que a advogada das candidatas do PRTB, Marcela Borges Daltio, atuou anteriormente para o ex-vereador Léo Camargo, apontando um conflito de interesse. Ele argumenta ainda que a atuação de Marcela foi negligente, o que prejudicou a defesa das candidatas.
A disputa judicial também se intensifica com os embargos interpostos pelas candidatas condenadas, além da manifestação de Lucas Mello, que defende que não houve cerceamento de defesa. A Procuradoria Regional Eleitoral se posicionou contra os argumentos de Sandi, afirmando que a relação entre advogado e partido não constitui prova suficiente de prática de patrocínio infiel.
A análise dos embargos de declaração será realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) nesta quarta-feira (13). Também no cenário político local, o vereador Thiago Neves (PSB) se manifestou contra uma suposta manobra para retirar seu mandato, acusando a ex-candidata Eliz Altoé (PT) de promover uma “tentativa de golpe” para favorecimento político.
A situação é tensa, com questionamentos sobre a participação efetiva das candidatas na campanha e as implicações que a recontagem poderá ter nos mandatos atuais junto ao cenário político local.

Fonte: Século Diário