O número de brasileiros que trabalham por meio de aplicativos aumentou significativamente, registrando um crescimento de 25,4% entre 2022 e 2024, elevando-se de 1,3 milhão para quase 1,7 milhão. Esse dado faz parte do módulo sobre trabalho por plataformas digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada recentemente.
Essa expansão reflete um aumento na participação desses trabalhadores no contexto da população ocupada do país, que é composta por indivíduos com 14 anos ou mais que estão trabalhando. Em 2022 essa fatia era de 1,5%, saltando para 1,9% em 2024, dos 88,5 milhões de ocupados. Gustavo Fontes, analista responsável pela pesquisa, atribui essa tendência à possibilidade de maior renda e à flexibilidade que a modalidade oferece, permitindo escolher quando e onde trabalhar.
A pesquisa classificou os aplicativos em quatro categorias principais: transporte particular de passageiros, entrega de comidas e produtos, prestação de serviços gerais ou profissionais e táxi. Dentre eles, os de transporte de passageiros foram os mais utilizados, representando 53,1% dos trabalhadores nesse ramo.
Outro aspecto destacado pelo estudo é a alta taxa de informalidade entre os “plataformizados”, atingindo 71,1%, comparada a 44,3% na população ocupada em geral. Entre os trabalhadores de aplicativos, a maioria atua por conta própria, sendo 86,1% dos casos.
Em termos de demografia, 83,9% dos trabalhadores em plataformas são homens, e a maior parte tem entre 25 e 39 anos. Mais da metade, ou seja, 53,7%, estão situados no Sudeste do Brasil.
Este levantamento, considerado ainda experimental pelo IBGE, não inclui trabalhadores que utilizam os aplicativos apenas como uma forma secundária de renda. A próxima pesquisa, planejada para 2025, promete abranger também plataformas de comércio eletrônico.
(Fonte: Agência Brasil)
Número de trabalhadores por aplicativo cresce 25% e chega a 1,7 milhão
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