A Câmara de Vitória aprovou o Projeto de Lei 455/2025, que atualiza a legislação municipal sobre o serviço de táxis, em uma sessão marcada por tensões políticas. A proposta, apoiada pela gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), gerou controvérsias, com a oposição acusando a situação de desrespeitar o tempo de discussão. Durante a votação, todos os vereadores votaram a favor, mas a oposição tentou adiar a apreciação, denunciando a falta de tempo para debater a matéria.
Ana Paula Rocha (Psol), Pedro Trés (PSB) e Professor Jocelino (PT) manifestaram-se contrários, apontando que não houve espaço adequado para debate. Contudo, Armandinho Fontoura (PL) articulou uma sessão extraordinária para garantir a votação do projeto, criticando os opositores por tentativas de obstrução. No contexto, onze vereadores votaram a favor da proposta, exceto três que se opuseram e outros quatro ausentes.
O projeto propõe extensões dos prazos para troca de veículos usados como táxi, passando de cinco para sete anos, e também permite que microempreendedores individuais (MEIs) sejam permissionários. Dessa forma, busca-se desburocratizar processos e adaptar as normas à realidade atual. Além disso, as corridas de táxi feitas por aplicativos estarão integradas ao taxímetro.
A votação final passou por controversas falas no plenário. O líder do governo, Leonardo Monjardim, atacou a oposição, enquanto Pedro Trés defendeu sua proposta, afirmando que a pressa do governo resultou em problemas em obras públicas. Após a aprovação, Ana Paula Rocha ressaltou que a luta dos trabalhadores foi fundamental para o resultado, acentuando a polarização entre as bancadas.
Leonardo Monjardim ainda afirmou que a oposição prolongou discussões de forma desnecessária, onerando os taxistas presentes na câmara. A questão da implementação de um novo equipamento digital para os taxistas também gerou críticas, trazendo à tona a insatisfação com as exigências da gestão atual.

Fonte: Século Diário