25 Anos da Lei do SNUC: Um Marco na Conservação da Biodiversidade Brasileira
Neste ano, o Brasil celebra o 25º aniversário da Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Lei nº 9.985/2000), que foi sancionada em 18 de junho de 2000. Promulgada após décadas de debate sobre a melhor forma de proteger a diversidade biológica e sociocultural do país, a lei representa um marco na conservação ambiental, fortalecendo o Brasil como um dos países mais ricos em diversidade de genes, espécies e ecossistemas. A legislação é composta por 12 categorias de áreas protegidas, que variam entre unidades de proteção integral e unidades para uso sustentável, abrangendo um total de 3.185 unidades de conservação que cobrem mais de 260 milhões de hectares, correspondendo a 18,6% do território terrestre e 26,3% da área marinha brasileira.
As unidades de conservação são essenciais para a proteção e gestão dos recursos naturais, oferecendo uma gama de categorias: as cinco de proteção integral, como parques nacionais e reservas biológicas, garantem que áreas críticas permaneçam intocadas, enquanto sete categorias para uso sustentável, como reservas extrativistas e áreas de proteção ambiental, permitem que comunidades locais tenham acesso e utilizem recursos naturais de forma responsável. “Esses espaços são verdadeiros bancos genéticos, essenciais para a ciência e o desenvolvimento humano”, destaca Maria Tereza Pádua, presidente de honra da Funatura, organização que desenvolveu o projeto de lei.
Antes da implementação da lei, o cenário de proteção ambiental era desolador, com apenas quatro ou cinco unidades federais existentes nas décadas de 1980 e 1990. A legislação não apenas expandiu o número de áreas protegidas, mas também estabeleceu um sistema colaborativo de gestão que envolve governos federal, estaduais e municipais, além de iniciativas privadas como as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Segundo Pedro Menezes, diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a conectividade entre essas áreas é estratégica para preservar a diversidade genética, um dos grandes desafios que ainda precisa ser enfrentado.
Em um esforço para celebrar o legado da Lei do SNUC e aproximar a população das áreas verdes do Brasil, a Rede Pró-UC promoverá no dia 20 de julho a edição “Um Dia no Parque”, onde mais de 450 unidades de conservação estarão abertas para visitas. Este evento visa incentivar o envolvimento da comunidade nas questões de conservação e sensibilizar o público sobre a importância desses espaços para a saúde ambiental e o bem-estar da população.
O impacto econômico da conservação das áreas protegidas é significativo. De acordo com estudos, a visitação em parques e reservas pode gerar até R$ 44 bilhões por ano, considerando um potencial de 56 milhões de visitas sustentáveis. Esse fluxo não apenas colaboraria para a economia local, mas também proporcionaria experiências de lazer e educação ambiental, fundamentais para a relação dos indivíduos com a natureza.
A história da Lei do SNUC é uma demonstração clara do avanço no Brasil, com uma rede de unidades de conservação que serve tanto à proteção da biodiversidade quanto ao desenvolvimento sustentável, refletindo a importância de um compromisso conjunto em prol do futuro ambiental do país.
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza faz 25 anos
Fonte: Agencia Brasil.
Meio Ambiente