No Rio de Janeiro, uma homenagem aos 11 escravizados que reflorestaram a Floresta da Tijuca foi realizada no Parque Nacional da Tijuca com a inauguração de uma placa com seus nomes. Esta cerimônia, que ocorreu neste sábado (31), faz parte das celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente e contou com palestras, teatro e o plantio de mudas nativas da Mata Atlântica.
Os nomes de Maria, Constantino, Eleuthério, Leopoldo, Manoel, Matheus, Sabino, Macário, Clemente, Antônio e Francisco foram inscritos na nova placa, substituindo uma antiga que continha apenas seis nomes, creditados como “escravos do Major Archer e de Nogueira da Gama”. A deputada estadual Dani Monteiro (PSOL), responsável pela iniciativa, enfatizou a importância de corrigir a história, designando-os como “pessoas escravizadas” e não meramente como “escravos”.
Durante o evento, houve a participação de artistas e pesquisadores, que ajudaram a plantar as mudas em tributo aos reflorestadores. Este ato simbólico visou não só celebrar a ancestralidade, mas também reconhecer a contribuição desses indivíduos na criação da maior floresta urbana do mundo. Pedro Rajão, produtor do projeto Negro Muro, destacou a importância do reconhecimento de figuras históricas negras em diferentes esferas sociais.
Além disso, a deputada Dani Monteiro mencionou que os nomes dos 11 foram inscritos no Livro dos Heróis e Heroínas do Estado do Rio de Janeiro, uma honraria garantida por lei estadual para homenagear aqueles que prestaram serviços notáveis ao estado. Esta homenagem veio acompanhada de uma emenda, pois as vítimas da escravização frequentemente não possuíam sobrenomes, sendo tratadas mais como propriedades.
A solenidade contou com a cobertura de Tomaz Silva da Agência Brasil, cujas fotos documentaram o evento e a nova placa, evidenciando o reconhecimento público dessas figuras históricas.
[Crédito das Fotos: Tomaz Silva/Agência Brasil]
Placa homenageia 11 escravizados que reflorestaram Floresta da Tijuca
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