Rodrigo Sandi, vereador do PDT de Cachoeiro de Itapemirim, perdeu seu mandato em virtude de uma recontagem de votos, abrindo espaço para Lucas Mello, do PL. A situação foi desencadeada por uma condenação relacionada à fraude nas cotas de gênero nas eleições, levando o partido a planejar recursos no TSE.
Fabrício do Zumbi, presidente do PDT local, anunciou a intenção de recorrer da decisão, argumentando que a Súmula 73, que regula a questão das cotas de gênero, resultou em penalizações consideradas injustas. Segundo ele, o PDT fez investimentos significativos em candidaturas femininas, superando a média de votos esperada. “A lei não pode punir o inocente”, afirmou Fabrício, sublinhando que o partido obteve 11.898 votos, correspondendo a 11,67% do eleitorado, o que lhe garantiu três cadeiras na Câmara Municipal.
Em paralelo, Sandi recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) para contestar a perda de seu mandato. Ele alega que a advogada que representou as candidatas condenadas do PRTB pode ter agido de maneira deliberada para favorecer o PL, partido que agora ocupa sua vaga. No entanto, o TRE-ES negou o efeito suspensivo solicitado por Sandi.
No caso que envolve o PRTB, foi identificado que candidaturas como as de Adriene Campos e Luiza Alves foram caracterizadas como fictícias, uma vez que não obtiveram votos e não realizaram campanha efetiva. O juiz responsável pela análise do caso corroborou a falta de evidências de atividades daquelas candidatas, resultando na recontagem dos votos realizada em 12 de setembro, que beneficiou o PL.
A nova configuração da Câmara de Cachoeiro revelou o PSDB como o partido com maior número de vereadores, totalizando quatro, enquanto o PDT ficou com três, número igual ao do PSB e do Podemos. A disputa entre as siglas permanece acirrada, refletindo a complexidade do contexto político local.
Reprodução Câmara
Fonte: Século Diário