A recente inauguração de um sistema de macrodrenagem em Cachoeiro de Itapemirim trouxe à tona a rivalidade política entre o ex-prefeito Victor Coelho (PSB) e o atual prefeito Theodorico Ferraço (PP). Coelho, atual secretário de Turismo e ex-prefeito, criticou a ausência de reconhecimento por parte da gestão atual durante a cerimônia de entrega da obra.
Victor Coelho utilizou suas redes sociais para expressar sua insatisfação, lembrando um momento de “grandeza” em seu mandato, quando convidou o antecessor Carlos Casteglione (PT) para a inauguração de um conjunto habitacional, algo que segundo ele não aconteceu agora. “Meu nome não está na placa de inauguração da maior obra de drenagem da história de Cachoeiro, mas meu objetivo é ter o nome gravado no Livro da Vida!”, disse Coelho.
A obra, que visa acabar com gargalos históricos de infraestrutura na região, foi inaugurada no dia 1º de agosto, com a presença de autoridades como o governador Renato Casagrande (PSB) e o vice Ricardo Ferraço (MDB). A obra soma um investimento de R$ 134,4 milhões, embora o Governo do Estado informe um valor menor, de R$ 63,5 milhões.
Durante a execução do projeto, Coelho enfrentou desgastes com comerciantes locais que sofreram com as mudanças trazidas pela obra. Sua gestão, no entanto, se destacou por ter “colocado para funcionar” o “Elefante Branco” – um hospital que ficou paralisado por quase 20 anos, legado deixado pela gestão anterior de Ferraço.
Recentemente, Ferraço anunciou também um convênio de R$ 13,1 milhões para a construção do Parque Urbano da Ilha da Luz, um projeto que foi deixado paralisado na gestão de Coelho. Ambos os políticos, apesar das rivalidades, fazem parte do mesmo grupo político a nível estadual, refletindo um contexto de disputas e alianças.
Em meio a essa conturbada relação política, Ferraço tem utilizado sua plataforma para abordar temas relevantes, como a economia local. No final de julho, ele publicou uma “carta ao cachoeirense”, celebrando uma decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o setor de rochas, embora a informação tenha gerado controvérsias, uma vez que apenas uma categoria de rocha foi isentada de tarifas, enquanto mármore, granito e ardósia permanecem sujeitos a altas taxas.

Fonte: Século Diário