STF: Ministro Alexandre de Moraes cita violação pontual de Jair Bolsonaro, mas descarta prisão preventiva
Em declaração na última quinta-feira (24), o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu uma violação específica do ex-presidente Jair Bolsonaro à proibição de usar redes sociais. O incidente ocorreu quando Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente e deputado licenciado, publicou em sua página do Facebook um vídeo mostrando seu pai durante uma visita ao Congresso. Na ocasião, Jair Bolsonaro exibiu uma tornozeleira eletrônica e fez declarações à imprensa.
O Ministro Moraes detalhou que, apesar de confirmada a violação da medida cautelar por meio da publicação de seu filho, considerou o ato como isolado, sem registros de outras infrações. A defesa de Bolsonaro argumentou que não houve intenção de infringir as regras, enfatizando que o ex-presidente tem cumprido todas as condições impostas de confinamento. Moraes alertou, no entanto, que qualquer futuro descumprimento resultará em prisão preventiva imediata.
Desdobramentos internacionais marcaram também o cenário, com repercussões nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos. Sanções foram aplicadas por Donald Trump contra Moraes e outros ministros, aprofundando as tensões. Em meio a acusações de uma suposta perseguição a Bolsonaro, medidas econômicas restritivas foram anunciadas pelo governo Trump, que prometeu aumentar as tarifas sobre produtos brasileiros a partir de agosto deste ano.
O contexto das tensões político-judiciais se complica com o inquérito que investiga Bolsonaro e seu filho por tentativa de coação ao STF, no intuito de arquivar acusações de uma trama golpista.
As medidas cautelares aplicadas a Jair Bolsonaro foram reafirmadas pela Primeira Turma do STF, com a maioria dos ministros, exceto Luiz Fux, apoiando a decisão.
Informação atualizada às 12h06 com mais detalhes sobre a situação legal e política envolvendo o ex-presidente Bolsonaro.
(Foto por imagem cedida pela Agência Brasil)
Moraes decide não prender Bolsonaro por descumprimento de cautelar
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