São Paulo confronta uma séria crise de saúde pública após confirmar 11 mortes ligadas à ingestão de metanol, substância tóxica presente em bebidas alcoólicas adulteradas. O último balanço da Secretaria da Saúde, divulgado no dia 17, revela um cenário alarmante com 51 casos de intoxicação e 555 suspeitas descartadas.
O metanol, geralmente usado em produtos como anticongelantes e solventes, foi detectado em bebidas como gin, whisky e vodka. Entre as vítimas fatais, homens predominam, com idades variando de 26 a 54 anos, e os casos foram registrados tanto na capital quanto em outras cidades do estado, como São Bernardo do Campo, Osasco, Jundiaí e Sorocaba. As autoridades ainda investigam outras quatro mortes suspeitas em Guariba, São José dos Campos e Cajamar.
Em resposta, o Ministério da Saúde mobilizou esforços interministeriais, resultando em notificações a estabelecimentos comerciais pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e investigações lideradas pela Polícia Federal sobre a possível participação do crime organizado na adulteração das bebidas. Adicionalmente, o Brasil importou antídotos para tratar os afetados pelo metanol.
Uma força-tarefa das secretarias estaduais da Saúde e da Segurança Pública também agiu rapidamente, apreendendo 117 garrafas de bebidas irregulares nos bairros de Jardim Paulista e Mooca. A sala de situação criada para monitorar o caso foi desativada no dia 8, após a diminuição dos incidentes relatados, com o último caso confirmado relacionado a sintomas iniciados em 26 de novembro.
Com a redução dos casos e a desativação do órgão de monitoramento, as autoridades continuam vigilantes para evitar novos incidentes e assegurar a saúde pública. A colaboração da população é essencial para reportar qualquer suspeita de bebida adulterada. As investigações e medidas preventivas seguem em curso para combater essa ameaça à saúde dos cidadãos paulistas.
São Paulo soma 11 mortes por ingestão de metanol
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