Nova tragédia em Gaza: Profissional dos Médicos Sem Fronteiras morto durante distribuição de alimentos
Gaza viveu uma nova tragédia, agora com a morte de Abdullah Hammad, higienista dos Médicos sem Fronteiras (MSF), assassinado pelo Exército israelense em 3 de julho, no sul da Faixa de Gaza. Segundo a organização, Abdullah estava junto a um grupo que esperava por caminhões de ajuda no momento do ataque, realizado sem qualquer advertência prévia.
Este é o décimo segundo colaborador do MSF morto na região desde outubro de 2023, lançando luz sobre a expressiva escalada de violência que afeta trabalhadores humanitários. No mesmo incidente, outras 15 pessoas perderam a vida, segundo informações do hospital Nasser, local onde os feridos e mortos foram levados.
A imagem de Abdullah Hammad sendo carregado no Hospital Nasser é fortemente simbólica (Imagem: Médicos Sem Fronteiras/Divulgação). O coordenador de emergência do MSF em Gaza, Aitor Zabalgogeazkoa, criticou severamente a postura das autoridades israelenses, que, segundo ele, impediram até mesmo a retirada dos corpos e limitam a circulação de suprimentos essenciais, contribuindo para uma crise de fome na região.
A situação de segurança alimentar em Gaza é grave, com as agências humanitárias lutando para atender às necessidades básicas da população. Além disso, a infraestrutura de saúde local encontra-se extremamente comprometida. De acordo com Damares Giuliana, coordenadora do MSF em Jerusalém Oriental, cerca de 94% dos hospitais foram bombardeados ou estão fora de operação, complicando ainda mais a prestação de assistência à população.
Esta situação tem sido constantemente monitorada pelas Nações Unidas, que relataram um total de 613 mortes em pontos de distribuição de alimentos apenas entre 27 de maio e 27 de junho.
Este evento alarmante faz parte de uma série de incidentes que colocam em risco constante aqueles engajados em missões humanitárias em áreas de conflito, sobretudo na Faixa de Gaza, onde o contexto bélico e as restrições impostas exacerbam as dificuldades enfrentadas pela população civil.
Médicos sem Fronteiras tem 12º profissional morto em Gaza
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