Lula Intensifica Relações Bilaterais Durante Viagem à Rússia e China
Entre os dias 8 e 14 de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em uma missão diplomática à Rússia e à China, com o objetivo de aprofundar as relações comerciais e estratégicas entre o Brasil e esses dois países. A agenda abarrotada de compromissos e negociações destacou a busca do Brasil por ganhos na balança comercial e a reafirmação de sua postura conciliadora diante das tensões geopolíticas atuais. Durante a viagem, diversas parcerias foram firmadas em áreas essenciais, como energia, ciência e tecnologia.
Visita à Rússia
O primeiro destino de Lula foi a Rússia, onde se encontrou com o presidente Vladimir Putin e participou das comemorações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista, incluindo um desfile cívico militar no dia 9 de maio. O foco da visita foi ampliar a colaboração nas áreas de energia e ciência, resultando na assinatura de um ato sobre cooperação em ciência, tecnologia e inovação. Outro memorando de entendimento foi firmado para fomentar pesquisas conjuntas em campos como clima, biodiversidade e tecnologia espacial.
No contexto comercial, as importações do Brasil da Rússia incluem principalmente óleos combustíveis e fertilizantes, enquanto as exportações se concentram em produtos do agronegócio, como soja, café e carne bovina. O comércio bilateral registrou um recorde em 2024, alcançando US$ 12,4 bilhões, embora o Brasil tenha um déficit comercial significativo em relação à Rússia, que Lula não hesitou em destacar.
Viagem à China
Na sequência, Lula viajou para a China, onde participou da cúpula entre o gigante asiático e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), além de um fórum empresarial que reuniu mais de 700 empresários. Essa foi a quarta visita oficial de Lula à China e o terceiro encontro com o presidente Xi Jinping em dois anos. A viagem culminou em acordos que devem resultar em R$ 27 bilhões em investimentos chineses em diversas áreas no Brasil, incluindo energia renovável e tecnologia.
Dentre os compromissos, destacam-se os investimentos da montadora GWM e da Meituan, que promete criar empregos no setor de delivery. A cooperação entre Brasil e China também se ampliou para a área de saúde, com a criação do Instituto Brasil-China para Inovação em Biotecnologia e Doenças Infecciosas.
Desde 2009, a China se consolidou como o maior parceiro comercial do Brasil, com um comércio bilateral alcançando US$ 157,5 bilhões em 2023, refletindo um superávit considerável para o Brasil.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro com o presidente da China, Xi Jinping. Foto: Ricardo Stuckert / PR.
Essa intensa semana de atividades não apenas reforçou laços comerciais, mas também posicionou o Brasil como um ator proativo nas dinâmicas internacionais, buscando parcerias que possam expandir seu potencial econômico e tecnológico.
Viagem de Lula à Rússia e China aproxima países na política e economia
Fonte: Agencia Brasil.
Internacional