No último encontro da cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou fortemente o apoio financeiro ao setor de petróleo e gás, apontando que no ano anterior, os maiores bancos globais financiaram a indústria com cerca de 869 bilhões de dólares. Durante seu discurso, Lula destacou os desafios trazidos pelos incentivos do mercado contrários à sustentabilidade ambiental.
“Oitenta por cento das emissões de carbono vêm de menos de 60 empresas, majoritariamente dos setores de petróleo, gás e cimento”, enfatizou o presidente, ressaltando a necessidade urgente de reformar esses incentivos para alinhar com objetivos ecológicos mais amplos. Além disso, ele mencionou o aquecimento global, que ocorre a um ritmo mais acelerado que o esperado, sublinhando a importância de triplicar as produções de energia renovável e dobrar a eficiência energética.
Na mesma linha, foi apresentada a Declaração-Quadro sobre Finanças Climáticas do Brics, procurando estabelecer novos modelos de financiamento para o clima. Um exemplo desses novos modelos é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, anunciado para lançamento na COP30, que remunerará os serviços ambientais dos ecossistemas tropicais.
Lula também frisou a falta de recursos adequados para uma transição ambiental justa e bem planejada, especialmente dez anos após o Acordo de Paris. Ele realçou ainda que, apesar dos esforços, os países em desenvolvimento, que sofrerão impactos significativos, ainda carecem de meios efetivos para mitigação e adaptação climática, mostrando um cenário global de desafios e necessidades urgentes.
(Créditos das imagens: Imagens da Agência Brasil)
Lula critica incentivos financeiros ao setor de combustíveis fósseis
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