Petrobras e Ibama Firmam Acordo para Avaliação Pré-Operacional na Margem Equatorial
O cenário energético brasileiro está prestes a ganhar novos contornos com o anúncio de que a Petrobras e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizarão, no próximo dia 24, uma Avaliação Pré-Operacional (APO) na bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial. Os senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, representantes do Amapá, celebraram o avanço do processo, que é considerado um passo crucial para a exploração de petróleo em uma área que promete ser tão rentável quanto o pré-sal. A APO consiste em vistorias e simulações que verificarão a efetividade do plano de emergência proposto pela estatal.
O presidente do Senado elogiou a decisão, afirmando que recebeu a notícia “com grande alegria”. Ele destacou que a realização do exercício de simulação terá uma duração estimada de três a quatro dias, com o objetivo de testar a capacidade de resposta das equipes envolvidas. “Essa é uma vitória do Amapá e do Brasil, um marco fruto do empenho coletivo em prol de um futuro energético sustentável”, declarou Alcolumbre.
A Margem Equatorial tem ganhado notoriedade nos últimos anos, especialmente após descobertas de petróleo nas costas da Guiana, Guiana Francesa e Suriname, que elevam as expectativas sobre o potencial exploratório na região. No Brasil, a área se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá, onde a Petrobras já possui poços autorizados, mas aguarda a liberação do Ibama para avançar em outros, incluindo o bloco FZA-M-59 – que representa uma oportunidade à estatal, mas que também envolve questões ambientais sensíveis.
A pressão pela concessão da licença de exploração é intensa, envolvendo não apenas a Petrobras, mas também o Ministério de Minas e Energia e a Presidência da República. A espera pela licença gera custos significativos à empresa, estimados em R$ 4 milhões por dia. No entanto, a exploração enfrenta resistência de ambientalistas que argumentam sobre os potenciais impactos ao meio ambiente e a contradição em relação às metas de transição energética, que buscam reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Embora a Petrobras defenda a produção de petróleo como uma estratégia para reduzir a necessidade de importações no futuro, especialistas e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) recomendam a realização de mais pesquisas antes da autorização de perfurações. “As decisões relacionadas à APO serão registradas oportunamente no processo de licenciamento”, afirmou o Ibama, que foi procurado pela Agência Brasil. A Petrobras, por sua vez, não se manifestou até o fechamento desta matéria.
A imagem que acompanha este texto foi fornecida pela Agência Brasil.
Última etapa para licença na Margem Equatorial deve ser dia 24
Fonte: Agencia Brasil.
Meio Ambiente