Nulidade Processual Marca o Caso Maradona
Em uma reviravolta judicial, o processo sobre a morte de Diego Maradona, que investigava supostas negligências médicas, foi declarado nulo. A decisão foi anunciada após a renúncia de uma das juízas envolvidas, Julieta Makintach, devido a violações éticas. O ícone do futebol argentino faleceu em 2020, causando consternação nacional.
Maradona, que faleceu devido a uma insuficiência cardíaca enquanto se recuperava de uma operação cirúrgica, estava sendo tratado por uma equipe médica de sete membros. Eles enfrentaram acusações de homicídio por negligência, com julgamento que se iniciou no dia 11 de março, podendo resultar em penas que variavam de oito a 25 anos de encarceramento.
Os réus negaram as acusações, classificadas como "homicídio simples com dolo eventual". Até o momento, uma nova data para o julgamento não foi estipulada, nem foram designados novos juízes para o caso.
A situação ganhou novos contornos quando surgiu um vídeo exibindo a juíza Makintach sendo entrevistada para um documentário dentro das dependências do tribunal e em seu escritório. Tal ato foi considerado uma violação das regras judiciais, contribuindo significativamente para a declaração de nulidade do processo.
Miguel Angel Pierri, advogado de defesa, descreveu a situação como "um grande constrangimento", em declarações à imprensa no exterior do tribunal.
A repercussão do caso evidencia não apenas o interesse público na figura de Maradona, mas também a necessidade de integridade no sistema judiciário argentino.
Reportagem realizada em parceria com Lucinda Elliott, em Montevidéu.
Créditos das imagens: EBC (Empresa Brasil de Comunicação)
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