Ativista Brasileiro Sob Risco de Deportação de Israel: Thiago Ávila Entra em Greve de Fome
O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, corre o risco de ser deportado de Israel até esta quinta-feira, 12 de outubro, em um caso que gerou repercussão mundial e foi considerado crime de guerra pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do Brasil. Após ser preso em águas internacionais enquanto integrava a Flotilha da Liberdade – uma missão humanitária destinada a levar alimentos e medicamentos à Faixa de Gaza – Ávila iniciou uma greve de fome na noite de ontem, em protesto contra o que considera ser uma detenção ilegal e um sequestro por parte das autoridades israelenses.
As autoridades israelenses decidiram pela deportação de Thiago e demais ativistas após uma audiência realizada pelo tribunal local, apesar de argumentos da defesa enfatizando que seus clientes não cometeram nenhum crime. A família de Ávila confirmou a decisão e, até o momento, não teve a oportunidade de se reunir pessoalmente com o ativista. A esposa de Thiago, Lara Souza, afirmou que a Corte optou pela deportação, ignorando a legislação que requer a liberação em 72 horas após a detenção.
O relato ainda destaca que os outros oito ativistas detidos recebem a informação de um banimento de 100 anos de Israel. Diferentemente do que ocorreu com a ambientalista sueca Greta Thunberg, que foi deportada rapidamente após assinar um documento reconhecendo uma infração, Thiago se recusa a assumir culpa por tentar entrar no país, um posicionamento corroborado pela Flotilha da Liberdade Brasil, que o classifica como um preso político.
O governo brasileiro está monitorando a situação de Thiago, tendo afirmado que acompanha suas audiências e presta assistência ao ativista. O Itamaraty condenou a interceptação da embarcação em águas internacionais, reiterando que se trata de uma grave violação do direito internacional. A dependência da Faixa de Gaza por ajuda humanitária se agrava, uma vez que as Nações Unidas denunciou que Israel bloqueia a entrada de cerca de 6 mil caminhões com suprimentos para a região, afetando diretamente quase dois milhões de palestinos.
Nesse contexto, a Flotilha da Liberdade continua mobilizando apoio internacional, enquanto uma marcha global envolvendo ativistas de 51 países se prepara para partir do Egito até a fronteira com Gaza, na tentativa de denunciar o cerco humanitário imposto por Israel.
Um desenvolvimento contínuo a ser acompanhado, enquanto o universo de direitos humanos e ajuda humanitária clama por atenção em meio a um cenário que se torna cada vez mais complexo.
Israel decide deportar ativista Thiago Ávila que iniciou greve de fome
Fonte: Agencia Brasil.
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