IBGE Previsões da Safra de Grãos para 2026 Indicam Queda
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta semana seu primeiro prognóstico para a safra nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas de 2026, estimando uma produção de 332,7 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,7% ou 12,9 milhões de toneladas em relação à safra de 2025. Essa tendência se destaca no contexto de um ano de recordes, já que a safra de 2025 alcançou 345,6 milhões de toneladas, um aumento significativo de 18,1% em relação ao ano anterior.
Além da canola e do gergelim, que estão entrando na composição da safra, o prognóstico para 2026 inclui uma revisão nas expectativas para outros cultivos. O milho, um dos principais produtos, verá uma redução de produção de 9,3%, equivalente a 13,2 milhões de toneladas. O sorgo e o arroz também registram quedas estimadas de 11,6% e 6,5%, respectivamente.
Em contrapartida, a projeção para a produção de soja é de um crescimento moderado de 1,1%, atingindo 167,7 milhões de toneladas, o que também marca um novo recorde. O aumento na produção se deve principalmente à expectativa de um leve incremento no rendimento médio das lavouras, que deve alcançar 3.507 kg por hectare.
A área a ser colhida para a safra de 2026 é de 81,5 milhões de hectares, um aumento modesto de 1,1% ou 879,1 mil hectares em relação ao ano anterior. As principais regiões produtoras devem apresentar variações na produção, com crescimento previsto no Paraná e no Rio Grande do Sul, mas com declínios em estados-chave como Mato Grosso e Goiás.
Os dados ressaltam as variações específicas entre diferentes produtos: o algodão herbáceo e o sorgo, por exemplo, devem sofrer quedas na produção, enquanto a soja continua a ter desempenho robusto. Ressalta-se a crescente importância dos produtos como a canola e o gergelim, que apesar de ainda limitados a poucos estados, estão ganhando relevância nas lavouras brasileiras.
IBGE prevê safra de 332,7 milhões de toneladas para 2026, queda de 3,7% frente a 2025

