Incêndios florestais no Brasil: um alerta para a conservação ambiental
Os incêndios florestais que devastaram mais de 30 milhões de hectares no Brasil em 2024 foram, em grande parte, atribuídos a atividades criminosas, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (8), o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, revelou que 242 pessoas já foram autuadas, resultando em multas e outras sanções que superam R$ 460 milhões. A atuação do Ibama reflete uma resposta firme às ações deliberadas que têm comprometido o patrimônio natural do país. Além disso, a autarquia está intensificando a presença de equipes de patrulhamento nas regiões mais críticas, buscando prevenir novos incidentes.
A magnitude dos incêndios de 2024, que ultrapassou em 79% a área queimada no ano anterior, foi exacerbada por uma seca extrema que afetou diversas regiões, especialmente a Amazônia. O secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima, destacou que os efeitos das mudanças climáticas e fenômenos como o El Niño contribuíram para a vulnerabilidade da floresta. A combinação desses fatores aumentou consideravelmente a probabilidade de incêndios, sublinhando a urgência de ações preventivas.
Apesar das dificuldades enfrentadas, dados preliminares de 2025 apontam para uma redução significativa nos focos de incêndio, com uma queda de até 70% na Amazônia e de mais de 90% no Pantanal entre janeiro e abril. No entanto, o governo também detectou um aumento do desmatamento em ambas as regiões, o que gera preocupações sobre o futuro e a necessidade de medidas efetivas que garantam a proteção dos biomas brasileiros.
No esforço para mitigar os riscos de novos incêndios, o Ibama está identificando propriedades de maior risco e realizando notificações eletrônicas e por edital, instruindo proprietários a adotarem medidas de prevenção. Essas ações são essenciais para manter a temperatura da florestal em equilíbrio, especialmente numa época em que fatores climáticos adversos tornam a prevenção indispensável.
Apesar de avanços na redução de focos de calor em 2025, o aumento do desmatamento em lugares críticos como a Amazônia e o Cerrado acende um alerta. É imperativo que o governo e a sociedade se mobilizem para implementar estratégias eficazes que revertam essa tendência, em um contexto em que a conservação ambiental se torna cada vez mais urgente.
Ibama multa 242 pessoas por incêndios criminosos em 2024
Fonte: Agencia Brasil.
Meio Ambiente