Ministro da Fazenda Critica Congresso por Retirada de Medida Provisória que Prejudica os Mais Pobres
Em uma manifestação contundente nas redes sociais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, denunciou, nesta quinta-feira (9), a escolha deliberada do Congresso em tirar de pauta a medida provisória que elevaria o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), resultando na caducidade da proposta. Segundo o ministro, a decisão foi motivada por interesses de grupos privilegiados, que, segundo ele, agiram para proteger seus próprios benefícios às custas dos mais necessitados. Haddad ressaltou que, apesar das negociações, o lobby dos poderosos prevaleceu, retirando direitos fundamentais de quem mais precisa do apoio do Estado.
Haddad afirmou que a proposta tinha como objetivo elevar a tributação de investimentos de alta renda e eliminar isenções voltadas a empresas de apostas eletrônicas, com a expectativa de arrecadar R$ 17 bilhões em 2026. Esse montante seria crucial para financiar investimentos em saúde, educação e previdência social. “A medida buscava cobrar o mínimo de bilionários, bancos e betes, uma operação simples e justa. Proteger os direitos daqueles que ganham menos, cobrando a justa parte dos que ganham muito e não pagam quase nada”, disse o ministro.
Protestos e Mobilização Popular
O ministro destacou que a medida também contribuiria para equilibrar as contas públicas em 2024, permitindo a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais. Haddad reforçou que a insatisfação da população com os ocorridos nos últimos dias é um indicativo de que novas manifestações podem ocorrer. Ele sublinhou o crescente conhecimento da população sobre os interesses em jogo e quem realmente defende o bem coletivo.
“O povo brasileiro está cada vez mais atento, sabe o que está em jogo e como o jogo é jogado, sabe quem defende o país, quem trai o interesse nacional para proteger familiares e amigos. E é por isso que, mais uma vez, o povo mostrará sua força e dará um basta”, declarou o ministro.
Alternativas Futuras
Em busca de alternativas para recuperar R$ 35 bilhões ao longo de 2026 e 2027, Haddad informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá na próxima semana para discutir estratégias, incluindo a possível utilização do pacote de corte de gastos aprovado no ano anterior para reduzir emendas parlamentares. Apesar da derrubada da medida provisória, o ministro afirmou que o impacto financeiro será mínimo em 2025, embora a arrecadação prevista de R$ 10,5 bilhões para este ano tenha sido frustrada.
Imagem: Agência Brasil (EBC)
“Não foi descuido, foi escolha”, diz Haddad sobre rejeição de MP
Fonte: Agencia Brasil.
Economia

