Na abertura da reunião do Conselho Popular do Brics, no Rio de Janeiro, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, defendeu a justiça tributária, descartando o aumento de impostos para a população em geral. Durante uma coletiva de imprensa, ele comentou as discussões sobre as alterações no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a proposta de taxar mais fortemente os super-ricos. O ministro enfatizou que o objetivo não é elevar a carga tributária da maioria dos brasileiros, mas assegurar que aqueles com maiores fortunas contribuam de forma equivalente.
Márcio Macêdo criticou as grandes disparidades sociais e a resistência de uma pequena parcela da população em compartilhar responsabilidades fiscais. “É inaceitável que menos de 1% da população queira impor suas vontades e privilégios a 90% dos brasileiros”, afirmou, referindo-se a um grupo de 50 bilionários contrários ao pagamento de impostos na mesma proporção que outras categorias da sociedade.
O ministro destacou a necessidade de um debate amplo sobre justiça tributária, de modo a evitar manipulações da narrativa pública. Ele apontou que este é um tema de grande importância para que o sistema tributário brasileiro seja mais equitativo. “Queremos que eles paguem igual ao que nós pagamos, ao que paga um professor, um policial, uma enfermeira, uma médica, uma engenheira, ao que paga qualquer cidadão trabalhador deste país”, afirmou Macêdo.
Ele também relatou que os bilionários, usando de seus recursos substanciais, exercem influência sobre o Parlamento, pressionando contra mudanças nas políticas fiscais que afetariam suas fortunas. O debate sobre justiça tributária, segundo o ministro, é crucial para o desenvolvimento social e econômico do Brasil, parte do bloco de países emergentes do Brics.
Crédito da imagem: Agência Brasil.
Governo defende justiça tributária e não alta de imposto, diz ministro
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