Secretaria de Política Econômica eleva previsão de crescimento do PIB e ajusta estimativas de inflação
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda anunciou nesta sexta-feira (11) um aumento na previsão de crescimento da economia brasileira para 2023, passando de 2,4% para 2,5%. Essa nova estimativa faz parte do Boletim Macrofiscal, que também trouxe alterações nas projeções de inflação. Para 2025, a expectativa de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi corrigida de 5% para 4,9%.
O aumento na previsão do Produto Interno Bruto (PIB) deve-se, em parte, à revisão otimista das estimativas para a produção agropecuária e à melhora no mercado de trabalho brasileiro. Contudo, é importante notar que esses números não consideram ainda os impactos do “tarifaço” do governo Donald Trump, cuja aplicação de tarifas sobre produtos brasileiros poderá afetar setores específicos da economia.
Embora a projeção anual do PIB tenha sido elevada, a SPE alerta para uma desaceleração econômica no segundo semestre. Além disso, a estimativa de crescimento para 2026 recuou de 2,5% para 2,4%. A previsão para a inflação, que continua acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), segue com limites entre 1,5% a 4,5%.
O documento da SPE detalha ainda as revisões setoriais. Para a agropecuária, a previsão de crescimento no PIB aumentou de 6,3% para 7,8%, impulsionada por uma safra robusta de milho, café, algodão e arroz. Contudo, o setor industrial, que havia apresentado um desempenho favorável nos últimos meses, caiu de 2,2% para 2% na expectativa de crescimento, refletindo os efeitos persistentes dos juros altos.
Além disso, a SPE revisou as projeções para outros índices de inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), fundamental para o ajuste do salário mínimo e aposentadorias, deverá encerrar 2023 com uma variação de 4,7%, inferior aos 4,9% do boletim anterior, de maio. Por sua vez, a expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que reflete preços na esfera atacadista e da construção civil, caiu de 5,6% para 4,6%.
Os dados apresentados no Boletim Macrofiscal terão relevância no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, previsto para ser divulgado no próximo dia 22. Esse relatório, publicado bimestralmente, fornece previsões sobre a execução orçamentária com base na receita do governo e na previsão de gastos, utilizando o PIB e a inflação em suas análises.
(Imagem da Agência Brasil)
Ministério da Fazenda aumenta para 2,5% estimativa do PIB em 2025
Fonte: Agencia Brasil.
Economia