Em 2024, o setor editorial brasileiro registrou um faturamento nominal de R$ 4,2 bilhões, crescendo 3,7%. Contudo, após ajuste pela inflação de 4,83%, os ganhos reais apresentaram uma retração de 1,1%. Os dados foram divulgados pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), com base na Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, que teve apuração realizada pela Nielsen BookData.
O levantamento detalha que, dentre os quatro subsetores analisados — Obras Gerais, Religiosos, e Científicos, Técnicos e Profissionais (CTP) —, todos exceto Didáticos mostraram crescimento nominal. Destacam-se os segmentos de Obras Gerais com 9,2% e Religiosos com 8,7%. Em contrapartida, o setor Didático sofreu uma queda nominal nas vendas de 5,1%.
Este ano, pela primeira vez, o estudo incluiu uma análise das vendas por gênero literário. A presidente da CBL, Sevani Matos, ressaltou a importância dessa nova abordagem, que permite uma visão mais aprofundada do mercado. Segundo a pesquisa, a categoria de Não Ficção Adulto liderou em faturamento, com 28,5%, enquanto os livros Religiosos lideraram em volume de exemplares vendidos, representando 29,5% do total.
Ainda de acordo com a pesquisa, a variação nominal do preço médio dos livros foi de 2,9%, abaixo do IPCA de 4,83%, indicando que os livros tiveram um ajuste de preço menor comparado ao índice geral de preços.
O documento revela também um aumento significativo nas vendas de conteúdo digital, que cresceram 21,6% nominalmente. Os livros digitais agora representam 9% do faturamento total das editoras, um crescimento de um ponto percentual em relação ao ano anterior.
A foto do evento cultural na 20ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro ilustra o vibrante interesse público pelo setor literário. (Foto de Arquivo/Tomaz Silva/Agência Brasil).
Faturamento de editoras de livros cresce menos que inflação em 2024
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