Na última sexta-feira (26), um momento inédito marcou a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU): delegações de diversos países, incluindo a brasileira, se retiraram do plenário assim que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, começou a seu discurso. A ação foi um protesto articulado previamente pelos representantes, manifestando sua indignação em relação aos ataques israelenses na Faixa de Gaza, que, segundo relatos, já ceifaram mais de 60 mil vidas nos últimos dois anos.
Ordem na sala
À medida que Netanyahu falava, o mestre de cerimônia pediu ordem, reconhecendo a quase total ausência de diplomatas na sala. O líder israelense, em seu discurso, alertou que os inimigos de Israel representam uma ameaça global, não apenas para seu país, mas também para seus aliados mais próximos, como os Estados Unidos. “Eles querem arrastar o mundo moderno para o fanatismo”, afirmou Netanyahu, em um momento que gerou intensas discussões internacionais sobre as tensões no Oriente Médio.
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Lula na ONU
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, já havia se manifestado sobre a situação em Gaza durante a abertura da 80ª Assembleia Geral, enfatizando que, embora os ataques do Hamas sejam indefensáveis, “nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza”. Ele destacou que sob os escombros estão “dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes”, levantando questões sobre o direito internacional humanitário e a ética da comunidade internacional.
Em resposta à situação, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou à Agência Brasil que não fará “manifestações adicionais” sobre o ocorrido durante a Assembleia Geral.
Matéria atualizada às 13h41
Delegações deixam cadeiras vazias durante discurso de Netanyahu na ONU
Fonte: Agencia Brasil.
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