Fortaleza sedia a 2ª Cúpula da Coalizão pela Alimentação Escolar em meio a desafios globais
Fortaleza é o palco da 2ª Cúpula da Coalizão pela Alimentação Escolar, que teve início nesta quinta-feira (18) e pretende discutir e promover a alimentação de crianças em escolas ao redor do mundo. O ministro da Educação, Camilo Santana, descreveu o evento como “a maior organização multilateral dos nossos tempos”. Este encontro visa fortalecer a operação de um grupo criado em 2021 que tem a ambiciosa meta de garantir alimentação para todas as crianças matriculadas em instituições educacionais até 2030.
Desde sua fundação, 109 países aderiram à coalizão, resultando em quase 80 milhões de crianças atendidas por programas de alimentação escolar, conforme os dados da própria coalizão. Atualmente, cerca de 466 milhões de crianças têm acesso à alimentação nas escolas, mas ainda há uma significativa lacuna, com 724 milhões de estudantes sem políticas adequadas de nutrição escolar.
Embora compreendendo a importância do evento, os Estados Unidos não enviaram representantes para a cúpula, um fato que o ministro Camilo Santana comentou: “Faz parte. Foram convidados”. O evento também contou com a presença de representantes de diversos países, incluindo a França e a Finlândia, que destacaram a necessidade de unir esforços em meio a crises climáticas e de multilateralismo.
O ministro para Francofonia e Parcerias Internacionais da França, Thani Mohamed, reiterou a necessidade de reforçar a unidade entre nações em tempos difíceis. Ville Tavio, ministro de Comércio Exterior e Desenvolvimento da Finlândia, aplaudiu o trabalho conjunto, enfatizando que o combate à fome é uma prioridade que deve ser enfrentada com a colaboração internacional.
A diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos, Cindy McCain, fez um apelo emocional para que mais nações se unam à coalizão, enfatizando que “a alimentação nas escolas pode mudar muito o mundo”. Desde 2023, o Brasil, em parceria com a França e a Finlândia, lidera a coalizão, sendo a experiência brasileira em fornecer alimentação a mais de 40 milhões de estudantes uma referência global.
As políticas de alimentação escolar são consideradas essenciais para mitigar a insegurança alimentar e reduzir a evasão escolar, evidenciando a relevância do trabalho desenvolvido durante esta cúpula.
Multilateralismo marca discursos na cúpula sobre alimentação escolar
Fonte: Agencia Brasil.
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