A recente eleição da nova diretoria da Associação de Moradores do bairro Maria Ortiz, em Vitória, gerou controvérsias após a Chapa 1, derrotada no pleito, denunciar condutas inadequadas envolvendo apoiadores da Chapa 2, como o deputado estadual Denninho Silva (União). A Chapa 1, encabeçada por Marilsa Marçal e Simone Passos, encaminhou um ofício ao Ministério Público do Estado (MPES) pedindo investigações sobre irregularidades.
Entre as alegações, destaca-se o uso da Unidade Básica de Saúde de Maria Ortiz para a entrega de declarações de residência irregulares, supostamente ligadas a Katiane de Angeli, profissional com vínculo político com Denninho Silva. As candidatas da Chapa 1 também reivindicaram acesso à lista de eleitores e comprovantes de residência, mas não foram atendidas pelo Conselho Popular de Vitória (CPV).
A denúncia inclui ainda a participação ativa de membros do CPV na campanha da Chapa 2 e comportamentos inadequados de Denninho Silva no dia da votação, onde ele foi filmado criando um ambiente de hostilidade durante o processo eleitoral. A contagem dos votos, que totalizou 1.015, revelou uma diferença mínima entre as chapas: 508 votos para a Chapa 2 e 498 para a Chapa 1, com nove votos anulados.
As representantes da Chapa 1 enfatizam que a eleição foi manipulada por interesses políticos, afirmando que “a liderança comunitária virou apenas um trampolim político”. O episódio reacendeu discussões sobre a legitimação das eleições comunitárias e a influência de políticos em processos de representação local.
Eleições em Jardim Camburi também estão à vista, com quatro chapas concorrendo em um pleito que promete disputas intensas, e o apoio de Denninho Silva à Chapa 2, denominada “Bairro de Gente”, reforça a continuidade de uma dinâmica acirrada nas relações entre política e comunidades.
Lucas S. Costa/Ales
Denninho Silva comemora eleição da Chapa 2. Foto: Reprodução
Fonte: Século Diário