Washington, 10 de dezembro – Em uma rara declaração de discordância, a Casa Branca manifestou nesta sexta-feira (10) seu descontentamento com a decisão do Comitê do Nobel de premiar María Corina Machado, uma figura de destaque da oposição venezuelana, com o Prêmio Nobel da Paz, em detrimento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A Casa Branca, através do porta-voz Steven Cheung, expressou em uma publicação na plataforma X que, apesar de não ter sido escolhido, o presidente Trump persistirá em seus esforços para promover acordos de paz e terminar guerras, destacando o recente cessar-fogo e acordo de reféns em Gaza como exemplos de seu compromisso com a paz global. “O presidente Trump tem o coração de um humanitário e continuará a mover montanhas com a força de sua vontade”, afirmou Cheung.
O comitê, baseado na Noruega, justificou a atribuição do prêmio a Machado pelo seu papel como “corajosa defensora da liberdade e resistência contra a liderança autoritária”. A escolha foi vista como um reconhecimento do impacto significativo que líderes individuais podem ter na luta pela justiça e liberdade em regimes autoritários.
Trump, conhecido por sua campanha agressiva pela honraria, não fez comentários diretos sobre o resultado do prêmio. No entanto, em sua conta na plataforma Truth Social, divulgou vídeos de apoiadores celebrando o acordo de paz em Gaza, indicando uma postura de continuidade no seu trabalho diplomático.
A escolha do Comitê do Nobel gerou amplas discussões sobre a natureza política das decisões do prêmio e levantou questões sobre os critérios utilizados para a sua concessão, especialmente em contextos de intensas competições geopolíticas e sociais. A Casa Branca reforçou que considera a decisão como uma preferência política, mais inclinada a reconhecer disputas internas de países específicos do que a contribuições globais para a paz.
Esta decisão é um lembrete de que o Prêmio Nobel da Paz muitas vezes reflete não apenas reconhecimentos de esforços humanitários, mas também a complexa tapeçaria de políticas internacionais que continua a influenciar as relações entre nações.
Casa Branca diz que comitê do Nobel coloca “política acima da paz”
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