Na 17ª Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro, líderes globais concentraram discussões em torno da paz e das guerras que afligem diferentes regiões do planeta. O documento final, divulgado no último domingo (6), abordou conflitos na Ucrânia, Líbano, Sudão, assim como a instabilidade na Síria e Norte da África. A declaração enfatizou a urgência de soluções político-diplomáticas e pacíficas, destacando a necessidade de engagement global e prevenção de conflitos.
Durante a cúpula, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou a condenação do Brasil à invasão russa na Ucrânia, defendendo um diálogo mais aprofundado que leve a um cessar-fogo e a uma paz duradoura. Contudo, o documento expressa preocupação com os recentes ataques ucranianos em território russo, condenando explicitamente incidentes que resultaram na morte de civis.
A questão dos gastos militares também foi crucial, com o Brics expressando apreensão com o aumento destes gastos por países da OTAN, em detrimento dos recursos para desenvolvimento. Este ponto contrasta com a decisão de países como a Espanha, que optou por não aumentar seus gastos militares acima do patamar previamente estabelecido.
No contexto do Oriente Médio, a cúpula posicionou-se a favor da retirada de Israel dos territórios sírios ocupados, além de condenar ataques terroristas recentes na Síria. A continuação da violência sectária no país foi objeto de severas críticas, especialmente após a derrubada do ex-presidente Bashar al-Assad, originando intensa instabilidade interna.
No Líbano e Haiti, os líderes do Brics comemoraram o cessar-fogo e a liderança local em soluções de conflitos, respectivamente. Eles também destacaram a importância de uma abordagem liderada por haitianos na crise do país e a necessidade de suporte internacional.
As preocupações com o Sudão foram particularmente enfáticas, dada a grave crise humanitária e os crescentes riscos de extremismo. A cúpula apelou para um cessar-fogo imediato e reforçou o apoio ao papel da União Africana e de organizações sub-regionais na gestão de conflitos no continente.
Estas posições refletem o compromisso dos países do Brics em fomentar ações diplomáticas que enderecem de maneira eficaz as raízes e consequências dos conflitos globais, insistindo na colaboração internacional para a promoção da paz e desenvolvimento sustentável.
Saiba o que disse o Brics sobre Ucrânia, Sudão, Líbano, Síria e Haiti
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