Em um encontro crucial realizado no último domingo (25), em Madri, chanceleres de 20 países, incluindo o Brasil, debateram estratégias e sanções potenciais para instar Israel a interromper os conflitos em Gaza. A reunião, promovida pelo governo espanhol, visou também fortalecer o suporte à solução de dois Estados para a questão Israel-Palestina, proposta que enfrenta resistência de Israel.
O Brasil, representado pelo Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, enfatizou a urgência em responder ao sofrimento civil em Gaza. “Ninguém poderá alegar desconhecimento sobre as atrocidades em curso”, destacou Vieira, criticando a inação global ante a situação. A cúpula serviu de preparativo para uma Conferência sobre a Palestina, agendada para junho em Nova York, com o Brasil coordenando um dos grupos de trabalho.
José Manuel Albares, chanceler espanhol, foi firme ao defender a suspensão do acordo da União Europeia com Israel e sugeriu um embargo de armas. “Gaza é uma ferida aberta na humanidade”, afirmou Albares, reconhecendo que o silêncio pode ser interpretado como cumplicidade diante do conflito.
Os EUA emergiram nos dados do Instituto Internacional de Pesquisa de Paz de Estocolmo (Sipri) como o principal fornecedor de armas para Israel, desempenhando um papel significativo no aumento do apoio militar após o início dos recentes confrontos em 7 de outubro.
No contexto histórico, apesar dos Acordos de Oslo de 1993 preverem a criação de um Estado palestino, a resolução da ONU ainda não foi implementada, e a ocupação de terras por Israel continua a ser uma questão polarizada e litigiosa internacionalmente.
Créditos: Agência Brasil.
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