Banco Central Suspende Três Instituições do Pix Após Desvio de Recursos em Ataque Cibernético
O Banco Central (BC) anunciou a suspensão cautelar de três instituições financeiras do sistema de pagamentos instantâneos Pix, após um ataque cibernético que resultou no desvio de pelo menos R$ 400 milhões. As instituições afetadas são a Transfeera, a Soffy e a Nuoro Pay, que supostamente receberam recursos desviados de contas reservas mantidas pelos bancos na autoridade monetária. Com base no Artigo 95-A da Resolução 30, que regulamenta o Pix, a medida visa proteger a integridade do sistema de pagamentos enquanto investigações sobre o incidente são conduzidas. O ataque ocorreu na noite de 1º de outubro, impactando a provedora de serviços tecnológicos C&M Software, que conecta várias instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
A Transfeera, uma sociedade de capital fechado autorizada pelo BC, confirmou que sua funcionalidade do Pix foi suspensa, mas ressaltou que outros serviços continuam operando normalmente. Em nota, a empresa destacou que “nossa instituição, tampouco nossos clientes, foram afetados pelo incidente noticiado no início da semana”, e que está colaborando com as autoridades para retomar o sistema de pagamentos instantâneos. Já a Soffy e a Nuoro Pay, fintechs que operam no sistema de transferências via parcerias, não se manifestaram sobre a suspensão até o fechamento da reportagem.
Segundo o Banco Central, a suspensão tem como objetivo garantir a segurança do arranjo de pagamentos e a integridade do sistema até que todas as investigações estejam concluídas. Nesta sexta-feira, 3, a Polícia Civil de São Paulo prendeu um funcionário da C&M que teria facilitado o acesso dos hackers aos sistemas da empresa por meio de uma remuneração de R$ 15 mil. O suspeito confessou ter fornecido a senha de acesso em troca de R$ 5 mil e confirmou ter criado um sistema de acesso para os criminosos, recebendo mais R$ 10 mil pela ação.
De acordo com a C&M Software, nenhuma informação de clientes foi vazada durante o ataque. O BC autorizou a retomada das operações do Pix pela empresa após avaliar a situação. As investigações seguem em curso, envolvendo a Polícia Federal, a Polícia Civil e o Banco Central, com o intuito de esclarecer os detalhes do desvio e assegurar a proteção de todo o sistema financeiro nacional.
BC suspende três instituições do Pix após ataque cibernético
Fonte: Agencia Brasil.
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