O Banco Central (BC) decidiu não aprovar a aquisição proposta pelo Banco de Brasília (BRB) do Banco Master, uma medida que interrompe um negócio que era visto como estratégico para a expansão e fortalecimento do BRB no setor financeiro. A decisão, que era a última barreira regulatória necessária, foi anunciada ao mercado em um comunicado de fato relevante pelo BRB na noite da última quarta-feira (3).
A aquisição, que envolvia 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master, foi formalmente rejeitada pelo BC, embora os detalhes específicos da decisão ainda não tenham sido divulgados publicamente pelo regulador. Em resposta, o BRB solicitou acesso completo à decisão para entender melhor os fundamentos da rejeição e considerar os próximos passos possíveis.
A transação tinha recebido apoio legislativo recentemente, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, sancionando uma lei que permitiria o BRB prosseguir com a aquisição, um movimento que gerou aproximadamente 23% de valorização nas ações do BRB nos últimos seis meses. A aquisição tinha sido originalmente anunciada como uma forma de o banco expandir sua presença de mercado.
O Banco Master, no entanto, tem sido uma figura controversa no mercado financeiro, conhecido por suas políticas agressivas de captação de recursos e rendimentos que chegam a 140% do CDI, significativamente acima da média de mercado. Além disso, a falta de publicação do balanço financeiro de dezembro e dificuldades recentes em uma tentativa de emissão de títulos em dólares levantaram dúvidas sobre sua saúde financeira. Uma oferta do BTG Pactual de apenas R$ 1 para assumir o controle do Banco e suas obrigações também exemplifica os desafios enfrentados pelo Master.
Diante desses desdobramentos, o BRB reafirmou que acredita no valor estratégico da aquisição não apenas para o banco, mas também para seus clientes, o Distrito Federal e o Sistema Financeiro Nacional. As futuras atualizações sobre este caso serão comunicadas conforme exigido por regulamentos e legislações aplicáveis.
BC rejeita compra do Master pelo Banco de Brasília (BRB)
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