O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou ontem, no Rio de Janeiro, que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus ocorrerá com serenidade e independência. A Primeira Turma da Corte conduzirá o processo, começando na próxima terça-feira (2), às 9h, sem a participação de Barroso devido à sua posição atual como presidente do STF.
O julgamento, que será realizado em oito sessões nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, aborda acusações contra Bolsonaro e seus aliados por tentarem subverter o resultado das eleições de 2022. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo central inclui figuras notáveis como Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.
Durante uma palestra, Barroso destacou a importância crítica do julgamento para a preservação da estabilidade democrática do Brasil. Ele reiterou que, ao longo dos 40 anos desde a redemocratização, o país manteve uma continuidade institucional que não deve ser interrompida por tentativas de golpe.
Adicionalmente, os réus desta ação judicial incluem Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato à vice na eleição de 2022; e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O STF tem a missão de conduzir o julgamento sob as diretrizes da Constituição, assegurando que nenhuma influência externa altere o course legal. Isso reflete a determinação do Judiciário em manter sua autonomia e seu compromisso com a justiça.
(Créditos da imagem: Agência Brasil – EBC)
Barroso diz que julgamento de Bolsonaro ocorrerá com serenidade
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