Copa América Feminina: Brasil goleia Bolívia, mas estrutura em campo gera críticas
Na última quarta-feira (16), a seleção brasileira de futebol feminino conquistou uma expressiva vitória por 6 a 0 sobre a Bolívia, em Quito, no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, pela segunda rodada da Copa América Feminina. Embora o resultado tenha reforçado o caminho da equipe rumo a uma vaga nas semifinais, o clima entre as jogadoras e a comissão técnica não era de plena satisfação. O técnico Arthur Elias usou a coletiva de imprensa para manifestar sua insatisfação em relação à estrutura fornecida pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
A equipe, assim como na estreia contra a Venezuela, enfrentou dificuldades na hora de aquecer. Transmitida ao vivo pela TV Brasil, a partida foi marcada pela necessidade das jogadoras realizarem o aquecimento em um espaço limitado no vestiário, já que o gramado não estava disponível para preservação, uma vez que o estádio receberia dois jogos em sequência no mesmo dia. Arthur Elias expressou preocupação com a segurança das jogadoras, destacando que uma delas sentiu incômodo muscular durante o aquecimento e poderia ter que ser substituída às pressas.
“A questão do aquecimento me preocupa muito. Quando as equipes não aquecem no campo, demoram a pegar ritmo e isso influencia muito no desempenho do jogo”, disse o treinador. Ele também lembrou que a falta de aquecimento adequado pode resultar em erros técnicos significativos e demonstrou sua insatisfação com o tempo de bola rolando, afirmando que as interrupções frequentes tornaram a partida menos fluida do que o recomendado pela FIFA.
Elias criticou a falta de árbitro de vídeo (VAR) na fase de grupos, ressaltando que, devido a essa ausência, dois gols da seleção brasileira foram mal anulados. A tecnologia, segundo o técnico, é fundamental em competições de alto nível e pode impactar diretamente os resultados e as classificações.
Atualmente, o Brasil lidera o Grupo B com seis pontos, em uma fase em que apenas três jogos foram disputados por equipe. As próximas adversárias da seleção serão as paraguaias, em uma partida marcada para a próxima terça-feira (21), no mesmo estádio, às 21h (horário de Brasília).
A continuidade da Copa América Feminina é uma oportunidade para que o Brasil demonstre seu potencial e busque melhorias em todos os aspectos, desde a performance em campo até a estrutura oferecida pela organização.
Créditos da imagem: Livia Villas Boas/CBF/Direitos Reservados
Arthur Elias cobra Conmebol por estrutura da Copa América Feminina
Fonte: Agencia Brasil.
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