Em Brasília, a Conferência Internacional CAU 2025, um evento promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), tornou-se cenário para amplas discussões sobre desafios urbanísticos contemporâneos. Encerrando suas atividades neste sábado (6), a conferência contou com a participação de cerca de 4,5 mil profissionais que debateram desde o impacto da configuração das cidades nas mudanças climáticas até políticas inclusivas para a habitação e mobilidade.
Durante o evento, um dos enfoques principais foi a análise da contribuição negativa da organização urbana nas emissões de gases de efeito estufa. Esta preocupação é especialmente pertinente às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), prevista para acontecer em novembro, em Belém. Os especialistas presentes ressaltaram a urgência de integrar sustentabilidade no planejamento urbano para enfrentar e mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas, como enchentes e outros desastres naturais.
Os palestrantes propuseram abordagens que fortalecem a resiliência das cidades e sublinharam a importância de soluções arquitetônicas e urbanísticas inovadoras. Segundo a presidente do CAU/BR, Patrícia Sarquis Herden, a conferência foi uma plataforma vital para o debate de temas que interligam arquitetura e preocupações sociais, incluindo a habitação digna, a mobilidade urbana, a sustentabilidade ambiental e questões de inclusão.
Além dos aspectos técnicos, o evento também dedicou espaço para discutir o direito à cidade para pessoas LGBTQIAPN+ e o reconhecimento e a justiça ambiental para povos originários, explorando diversas facetas da justiça social em contextos urbanos.
A CAU 2025 reitera o compromisso do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil em fomentar discussões que transcendem o mero espaço físico das cidades, engajando-se ativamente em questões sociais e ambientais críticas para o desenvolvimento urbano contemporâneo. A integração desses debates é crucial para moldar futuros projetos e políticas que não só respeitem mas celebrem a diversidade e a necessidade de um ambiente mais justo e sustentável.
Arquitetos debatem soluções para diminuir mudanças climáticas
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