O Brasil se prepara para inaugurar o primeiro Instituto Tecnológico de Emergência, um hospital inteligente do Sistema Único de Saúde (SUS), que será erguido no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Anunciada pelo Ministério da Saúde, a construção integrará esforços de modernização do setor de saúde, prometendo reduzir significativamente o tempo de espera em emergências e internações.
Esta inovadora unidade hospitalar conta com um investimento de R$ 1,7 bilhão, financiado através de uma parceria com o Banco do BRICS, que está atualmente finalizando a análise da documentação necessária submetida pelo Ministério da Saúde. A expectativa é que o hospital comece a operar plenamente no ano de 2029.
A infraestrutura será desenvolvida em um terreno cedido pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, após a assinatura do acordo de cooperação técnica (ACT) com o HC. A gestão e operacionalização da unidade ficarão a cargo do Hospital das Clínicas, com custeio sendo compartilhado entre o Ministério da Saúde e a secretaria estadual de saúde.
De acordo com o Ministério da Saúde, o projeto do hospital inteligente incorpora o que há de mais avançado em termos de inteligência artificial, dispositivos médicos e gestão integrada de dados. “Estamos tendo a chance de inovar a rede pública de saúde com tecnologia de ponta, totalmente financiado pelo SUS”, destacou Alexandre Padilha durante a apresentação do projeto.
Além de uma diminuição no tempo de espera, espera-se que o hospital ajude a acelerar o acesso a UTIs, reduza o tempo médio de internação e eleve o volume de atendimentos. A unidade será totalmente digital, utilizando recursos como telemedicina e conectividade integrada para otimizar os processos e reduzir custos operacionais em até 10%.
Com capacidade para atender anualmente 180 mil pacientes de emergência e terapia intensiva, 10 mil em neurologia e neurocirurgia, e 60 mil consultas ambulatoriais de neurologia, o hospital destaca-se também pela sua sustentabilidade, possuindo certificação verde e sistemas avançados para monitoramento de consumo energético, água e gestão de resíduos.
Primeira unidade inteligente do SUS será no hospital da USP
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