21 de outubro de 2025
PolíticaVereadora cobra segurança para mulheres no parlamento de Cariacica

Vereadora cobra segurança para mulheres no parlamento de Cariacica

A vereadora Açucena (PT) expressou sua indignação após a rejeição de sua emenda, que visava incluir a violência política de gênero no Código de Ética da Câmara de Cariacica. A única mulher eleita nesta legislatura destacou que o ambiente político deve ser seguro e respeitoso, reforçando a urgência de combater práticas de intimidação.

A emenda da vereadora previa que ações de violência política de gênero fossem consideradas incompatíveis com o mandato, podendo resultar em punições severas, incluindo a cassação do cargo. Contudo, na última sexta-feira (26), as comissões de Justiça e Finanças barraram a proposta, impedindo sua apreciação em plenário. Açucena comentou que essa decisão é uma perda significativa para a cidade, ao negar um mecanismo para enfrentar a hostilidade que mulheres enfrentam na política.

Além disso, a vereadora ressaltou que a violência política afeta a democracia como um todo e não se limita a ataques a indivíduos. “Se hoje temos apenas uma vereadora na Câmara, esperamos que no futuro próximo sejam muitas outras”, declarou. A proposta buscava alinhar o regimento interno com legislações já existentes, como a Lei Estadual nº 11.672 de 2022, que define ações de violência política de gênero e suas consequências legais.

Açucena enfrentou ataques desde seu ingresso no cargo. Recentemente, o vereador Sérgio Camilo (União Brasil) protocolou um pedido de cassação contra ela, alegando irregularidades em sua atuação. Este pedido foi encaminhado para análise jurídica. O vereador também proferiu comentários misóginos durante um dos debates, o que levou Açucena a protocolar um pedido de cassação contra ele, apoiado pelo PT.

A vereadora, que é mulher, negra, jovem e candomblecista, acredita que essas características a tornam alvo de perseguições políticas dentro da Câmara. “O que vivemos em Cariacica reflete o que acontece em muitas cidades brasileiras”, apontou. Segundo Açucena, a rejeição da emenda representa uma oportunidade perdida para a Câmara de se posicionar contra a violência política de gênero, especialmente em um contexto onde esses casos têm aumentado em todo o Brasil.

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Fonte: Século Diário

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